quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Trigo desaba 4,3% com demanda fraca

25-11-2009. Os preços futuros do trigo desabaram ontem na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato mais líquido, para entrega em março de 2010, fechou o dia com desvalorização de 4,32%, cotado a US$ 5,5350 o bushel. Analistas disseram que o preço do trigo americano precisa cair para que se torne competitivo em um mercado fartamente abastecido.A commodity registrou forte valorização nas últimas semanas, impulsionada pelo dólar fraco e por compras especulativas, o que afastou os compradores no mercado físico.
Fonte: Últmo Segundo

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Brasil comprará 3mi t de trigo fora do Mercosul em 2010

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil terá que importar cerca de 3 milhões de toneladas de trigo de países de fora do Mercosul no ano que vem, devido a safras menores no país e na Argentina, disse o presidente do Conselho Deliberativo da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Luiz Martins.

O volume, se confirmado, representaria um aumento expressivo na comparação com as compras fora do bloco comercial já realizadas este ano, segundo Martins, que não deu números específicos para os negócios de 2009.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o Brasil importou de janeiro a setembro deste ano menos de 400 mil toneladas de Estados Unidos e Canadá, os dois países que costumam fornecer o produto para o Brasil quando há uma oferta menor na Argentina, responsável pela maior parte das vendas aos moinhos brasileiros.

"Que a gente consiga importar 2 milhões de toneladas da Argentina. Mais 5 milhões de toneladas da produção no Brasil, são 7 milhões. Vai ter que comprar 3 milhões em outro lugar", afirmou Martins em entrevista à Reuters, antes da abertura do 16o. Congresso Internacional do Trigo.

O Brasil tem contado ainda ultimamente com o produto do Uruguai e do Paraguai, mas este último, também integrante do Mercosul, foi afetado por chuvas, assim como a safra do Paraná, principal Estado produtor brasileiro.

Martins disse que ainda não é possível falar sobre o volume perdido com as chuvas no Paraná, mas disse que a qualidade está ruim.

"O que temos visto de 'falling number' é uma coisa assustadora", declarou ele, referindo-se a uma das características do trigo considerada para a produção de farinha.

O mercado estima que boa parte da produção do Paraná, estimada pelo Estado em 2,6 milhões de toneladas, contra 3,2 milhões do ano passado, deve ser de qualidade inferior e destinada à produção de ração.
Fonte: Abril.com

Trigo mineiro passa a ter regime especial de tributação

O trigo produzido em Minas Gerais conta agora com um Regime Especial de tributação, que reduziu a alíquota do ICMS de 12% para 2% nas vendas principalmente para São Paulo e Rio de Janeiro.
A informação é do coordenador do Programa de Desenvolvimento da Competitividade da Cadeia Produtiva do Trigo em Minas Gerais (Comtrigo), da Secretaria da Agricultura de Minas, Lindomar Antônio Lopes.
Ele explica que o benefício foi autorizado pela Secretaria da Fazenda com o objetivo de garantir para os produtores mineiros as mesmas condições de que dispõem os produtores do Rio Grande do Sul e do Paraná para comercializar o cereal fora de seus Estados.
De acordo com o Regime Especial, em vigor em Minas desde 30 de outubro, o benefício será concedido individualmente. Cada produtor de trigo interessado em obter a redução da alíquota deve fazer o pedido na Administração Fazendária do município. Serão atendidos os produtores que não tiverem pendência na Receita Estadual, e a renovação anual do benefício também vai depender da comprovação de que estão em dia com suas obrigações junto à Fazenda.
Lindomar Lopes diz que ao conceder o benefício tributário, o Estado atendeu a uma solicitação da Câmara Técnica de Grãos do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria da Agricultura. Ele enfatiza que a Secretaria da Fazenda deu a autorização para o Regime Especial de tributação do trigo de acordo com a política do governo mineiro de proteger a economia do Estado, neste caso ajustando a alíquota do ICMS de Minas à daqueles Estados do Sul do Brasil que são os nossos principais concorrentes no segmento do trigo.
Fonte: Canal Rural

Governo apoia venda de 76% da safra brasileira

Quebra de 27% em volume e de ao menos 30% em qualidade. Em 1,3 milhão de hectares, o Paraná tinha potencial para colher 3,5 milhões de toneladas de trigo em 2009. Mas o excesso de chuva derrubou a produção a 2,6 milhões e teria comprometido a qualidade de um terço desse volume, segundo fontes de setor. Na reta final da colheita, mais de 2 milhões de toneladas de trigo já saíram dos campos paranaenses, mas nem 300 mil foram vendidos, conforme a Seab, a secretaria de Agricultura do estado.
Para dar liquidez ao mercado, o governo interveio. Anunciou que irá subvencionar o escoamento 3,8 milhões de toneladas de trigo (76%da safra brasileira) – 1,9 milhões no Paraná (74% do total estadual). A subvenção será oferecida através de 12 leilões semanais de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). O primeiro ocorreu no último dia 29 e o próximo está marcado para esta quinta-feira.
Até agora, em três operações, o governo ofertou prêmio para o escoamento de 812 mil toneladas e negociou 73% desse total (591,1 mil t). Maior produtor, Paraná ficou com 59% do volume ofertado (480 mil t) e 63% do total negociado (370,7 mil t). O estado é responsável por mais da metade da safra nacional, volume suficiente para atender cerca de 25% do consumo brasileiro. Segundo no ranking de produção, com 34% da safra e 16% da oferta, o Rio Grande do Sul teve 28% do volume colocado em leilão e 30% dos negócios. (LG)
Fonte: Jornal de Londrina

Trigo de qualidade invertida no PR e RS

Santa Rosa (RS) - O Rio Grande do Sul colhe uma das melhores safras de trigo da história. Não tanto quanto no Paraná, produção e produtividade também caem no estado, mas com um diferencial competitivo de qualidade. De maneira surpreendente, as posições se invertem e os gaúchos colhem um cereal com melhor classificação que o produto paranaense. Normalmente, o referencial de trigo classes pão e melhorador sempre foi do Paraná, enquanto do Rio Grande do Sul vinha o trigo brando, discriminado na panificação e destinado à indústria de massas. No ciclo atual, porém, o melhor trigo sai das lavouras do Extremo Sul.
Um dos referenciais de qualidade está no pH (peso por hectolitro) do grão. No ano passado, a produção do Paraná atingiu média de pH 80. Agora, por conta das chuvas que reduziram o volume e a qualidade da produção, o pH deve ficar abaixo de 78, índice mínimo para enquadramento no tipo 1. Já no Rio Grande do Sul, boa parte do trigo chega aos armazéns com índice acima de 78. A constatação é de uma das equipes da Expedição Safra RPC, que foi conferir as tendências para o ciclo de verão e en­­controu uma realidade distinta do Paraná nas lavouras de trigo.
O produtor Jorge Stefanelo, que plantou 130 hectares em Cruz Alta, Noroeste gaúcho, conta que a geada forte em julho e os 400 milímetros de chuva em apenas uma semana de agosto, no período de floração, derrubam o potencial produtivo da sua lavoura para 2,1 mil quilos/hectare. Por outro lado, destaca, nunca colheu com tanta qualidade. Ao final da colheita, na semana passada, ele calculava um pH acima de 80. Na área de abrangência da Cotrirosa, cooperativa com sede em Santa Rosa e atuação em 12 municípios, não foi diferente. Os associados colhem uma média próxima de 1,8 mil quilos/ha, mas com pH acima de 78.
Jairton Dezordi, responsável pelo departamento técnico da cooperativa, diz que a explicação para a qualidade do produto está na colheita. Ele conta que 80% do trigo dos cooperados foram colhidos em uma janela de duas semanas sem chuva, na segunda quinzena de outubro. “Sempre chove muito em outubro. Desta vez foi em setembro. No período em que o material está em ponto de colheita, choveu 100 mm e não 300 mm, como em outros anos. Isso foi determinante.” A área de trigo da Cotrirosa é de 57,4 mil hectares, 2% menor que na safra anterior. O Rio Grande do Sul plantou 882 mil hectares, 10% a menos que na última temporada. A produção deve ser 14% menor, para 1,76 milhão de toneladas, segundo a Conab.
No Paraná, segundo Otmar Hübner, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura (Seab), o desenvolvimento das lavouras foi comprometido justamente por conta do excesso de chuvas na época da colheita, entre setembro e outubro.
Fonte: Jornal de Londrina

domingo, 22 de novembro de 2009

Líder em bioinovação anuncia lucro 11% maior que 2008


Em comparação aos primeiros nove meses de 2008, a dinamarquesa Novozymes, maior fabricante de enzimas industriais do mundo, com unidade instalada no Brasil, anunciou um aumento de 11% no lucro operacional (faturamento bruto menos impostos sobre vendas, custos de produção e gastos operacionais), que foi de US$ 250 milhões, e de 3% nas vendas. As taxas de câmbio, principalmente com o fortalecimento do dólar, impulsionaram as vendas em 5% sobre os resultados de 2008 e o faturamento acumulado deste ano chega a US$ 1,2 bilhão. "Estou contente em ver um leve crescimento nas vendas no terceiro quadrimestre do ano e que sustenta nossas expectativas de crescimento anual", disse Steen Riisgaard, presidente mundial da Novozymes. "Isto nos indica uma sensível diminuição das incertezas em relação ao que obtivemos até o meio do ano", comentou o executivo. A maior parte dos produtos comercializados pela Novozymes é destinada à fabricação de detergentes (32%). Em segundo lugar ficam as enzimas técnicas (30%) e, em terceiro, as enzimas para a indústria alimentícia (22%). Os outros 16% se referem aos demais produtos comercializados pela bioindústria: microorganismos, ingredientes biofarmacêuticos e enzimas para alimentação animal.
A Novozymes Latin America, instalada na Região Metropolitana de Curitiba (PR) está entre as 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, segundo sondagem feita pela consultoria internacional Great Place to Work Institute, este ano. Líder mundial em bioinovação ela cria soluções biológicas industriais e tem por objetivo melhorar os negócios dos seus clientes e o uso dos recursos do planeta. Leia mais sobre a empresa em www.novozymes.com.br.
Fonte: contato@enfoque.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia de Campo sobre Trigo em SC

A iniciativa integra a programação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Programa Mais Alimentos da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimetno Agrário (SAF/MDA).
O dia de campo será realizado pela Embrapa Transferência de Tecnologia por meio dos Escritórios de Negócios de Canoinhas e de Passo Fundo (RS). De acordo com o agrônomo Marcos Marangon, o objetivo é ajudar a disseminar conhecimentos sobre as novas cultivares da Embrapa e debater as perspectivas da cultura do Trigo.
Ao lado do técnico Rubens Ponijaleki também da Embrapa Transferência de Tecnologia, o técnico fará a apresentação de cultivares recém-lançadas pela Embrapa Trigo, “que podem garantir maior produtividade para a agricultura familiar e empresarial”, afirma Marangon. A Embrapa Trigo e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri) são parceiras na realização do dia de campo.
Fonte:Portal do Agronegócio

MPF investiga possível fraude na negociação de trigo no Estado

O Ministério Público Federal abriu investigação esta semana em Santo Ângelo, no noroeste do Rio Grande do Sul, sobre possíveis irregularidades em leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) de trigo. O órgão recebeu denúncia de produtores que estariam sendo forçados a vender trigo de qualidade superior por preço menor que o definido pelo governo a empresas que arremataram prêmio nos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).O procurador da República Osmar Veronese pediu informações a órgãos públicos e privados sobre as operações de PEP e irá ouvir depoimentos. Não há prazo determinado para a conclusão das investigações. No leilão de PEP, a empresa que arrematou o prêmio assume o compromisso de comprar trigo pelo preço mínimo estipulado e comprovar o escoamento do produto para determinadas regiões. O produtor gaúcho encontra dificuldades para vender trigo. Por isso, estaria sendo obrigado a concordar com a redução de preço para assegurar a venda, segundo a denúncia. A Conab realizou nesta quinta-feira (19) mais um leilão de PEP para apoiar a comercialização do cereal produzido em vários Estados. Na operação destinada ao mercado interno, foram negociadas 129 mil toneladas, representando 87% do total ofertado. Houve demanda para 54 mil t das 56 mil t do Rio Grande do Sul colocadas em oferta. No leilão com destino para o Norte, Nordeste ou exportação, foram negociadas 56 mil t das 80 mil t do RS.
Fonte: Jornal do Comércio

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Governo prioriza leilão de trigo para amenizar cenário de baixa

SÃO PAULO - Para apoiar a comercialização de trigo no País, a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) realizará um leilão por semana até o final deste ano, totalizando seis eventos do Programa de Escoamento da Produção (PEP), para os quais deverá destinar R$ 200 milhões. A medida é considerada paliativa, já que o cenário mundial para a commodity é de oferta excedente e preços pressionados, o que no Brasil é agravado pelo fator cambial. Desde o início da colheita do cereal, em meados de agosto, já foram realizados seis leilões e nesta semana deve ocorrem mais dois. Até agora, foram ofertadas 812 mil toneladas de trigo e a demanda foi de 591 mil toneladas.
A expectativa da Câmara Setorial das Culturas de Inverno é a de que antes do início do próximo plantio seja apoiada a comercialização de até 3 milhões de toneladas de trigo, o que equivale a metade da safra brasileira. Na temporada 2008/2009, o escoamento de 37% da safra recebeu o subsídio de algum mecanismo.
De acordo com João Paulo de Moraes Filho, diretor de operações da CONAB, pelo volume financeiro que está sendo gasto semanalmente, os leilões devem continuar. "Estamos trabalhando no limite da necessidade de escoamento dessa safra. Acreditamos que resolva, mas isso é sempre reavaliado", disse Moraes.
Élcio Bento, analista da Safras & Mercado, explica que neste ano, com o mercado internacional em queda e com o dólar desvalorizado, o mercado fica dependente do governo. "Fundamentalmente o cenário de trigo no mundo é de baixa", afirma.
O País tinha iniciado a safra 2008/2009 com estoques da ordem de 415 mil toneladas. Na atual temporada, o estoque de passagem pulou para 1,99 milhão de toneladas, sendo cerca de 750 mil em estoques do governo.
Este ano, a queda prevista para a produção, em razão de problemas climáticos, poderia diminuir a oferta e impulsionar os preços, no entanto, as mesmas intempéries do clima reduziram a qualidade de trigo, dificultando a comercialização e pressionando as cotações do grão.
A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) estima que no Paraná, principal estado produtor de trigo do País, cerca de 40% da produção foi prejudicada pela incidência de brusone. A incidência de chuvas teria prejudicado a ação de fungicidas. O trigo atacado não serve para a indústria alimentícia e acaba virando triguilho ou ração, produtos de baixo valor comercial. Por isso, apesar da comercialização lenta e preços baixos, o analista da Safras afirma que "haverá nichos de marcado para produtos de boa qualidade".
Em algumas importantes regiões produtoras, como a dos Campos Gerais do Paraná, o excesso de chuva registrado durante o cultivo do trigo já resultou prejuízo acima de R$ 30 milhões, de acordo com o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Deral/Seab). Aproximadamente 65 mil toneladas da produção perderam a qualidade.
Segundo Bento, justamente pela baixa qualidade do produto ofertado a demanda nos leilões da CONAB não deve ser integral. "A indústria tem pouco interesse por esse trigo", disse o analista. Dependendo dos resultados dos próximos leilões o governo poderá reavaliar o valor do prêmio pago à indústria, que hoje varia de R$ 94 a R$ 190 por tonelada, de acordo com o tipo de trigo.
Para minimizar as perdas dos triticultores, o preço mínimo pago pela tonelada também é compensador, mais de US$ 100 em relação ao preço de referência no mercado internacional.
As cotações estão em queda por conta dos estoques finais de trigo dos Estados Unidos que são tidos como os maiores em dez anos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A projeção atual para os estoques de passagem é de 24,08 milhões de toneladas, ante 23,81 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano anterior. A estimativa para a produção estrangeira foi aumentada em 3,9 milhões de toneladas.
Mesmo com preços internacionais baixos o governo deve seguir dando preferência ao PEP como forma de subvenção, que além de diminuir o risco para o governo caso o mercado internacional sofra uma reversão, o escoamento é feito de forma quase imediata, o que elimina problemas referentes ao armazenamento do produto.
Fonte: Conab

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SETOR DE MASSAS CRESCE ACIMA DO PIB E INVESTE EM EXPANSÃO


A crise financeira mundial passou longe do segmento de massas alimentícias, que deve fechar o ano com crescimento bem superior ao Produto Interno Bruto (PIB), apoiado na retração do setor de alimentação fora do lar. A avaliação das indústrias do setor apontam para um 2010 ainda mais otimista, com grande volume de aportes em expansão.Segundo Cláudio Zanão, diretor presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), o segmento teve bom desempenho em todos os mercados, principalmente os que mais sofreram com a crise financeira. "Os Estados Unidos estão tendo um aumento de 20% nas vendas de massas", afirma. "A recessão econômica norte-americana alavancou o consumo de massas, em função das características próprias do produto: preço baixo, valor nutritivo e facilidade de preparo."Zanão evita antecipar o crescimento do setor para 2009, pois o consumo durante o primeiro semestre do ano é tradicionalmente inferior ao do segundo. "Prevíamos uma alta equivalente ao PIB [Produto Interno Bruto], mas com a expressiva melhora do cenário econômico do segundo semestre, devemos fechar em 3% a 4%, mas ainda é cedo para determinar um índice", ressalta.ExpansãoO Grupo Selmi, dono das marcas Renata e Galo, já registra 17% de alta no volume de vendas de suas massas. Para Ricardo Selmi, presidente do grupo, esse aumento é fruto, basicamente, da queda de preços dos produtos, atendendo à necessidade de consumo das camadas sociais mais baixas e das que sofreram com a recessão.Até outubro, a empresa contabiliza um aumento de 20% na produção, na comparação com 2008. Segundo Selmi, o preço do trigo contribuiu fortemente para a expansão da produção. Nesse sentido, a empresa deve fechar o ano com aumento da capacidade produtiva, com uma nova linha de espaguete com capacidade de 4.500 quilos por hora.Além disso, até o final de 2010, a empresa vai lançar uma nova linha de cream cracker, biscoitos doces e bolinhos prontos em monoporções. Outro foco será o de armazenagem, com incremento da unidade de Sumaré, no interior de São Paulo. O valor total desses investimentos gira em torne de R$ 30 milhões.A Selmi acrescenta que, para 2011, está planejando a construção de uma planta em Pernambuco para fortalecer a presença no mercado nordestino. "O mercado consumidor do Nordeste está crescendo muito e queremos acompanhar essa tendência", justifica. Atualmente, a Selmi tem 13% de market share no Sudeste e Centro-oeste, além de Santa Catarina e Paraná, onde possui a segunda unidade, em Londrina, na região Sul. A implantação da unidade do Nordeste deve alavancar essa participação e irá consumir R$ 15 milhões, produzindo espaguete e macarrão instantâneo.Para Selmi, no próximo ano, o setor deve crescer entre 3% e 4%. "O crescimento desse segmento é descolado do PIB, pois possui características próprias", declara. Mas a meta da empresa é mais ambiciosa e está fixada em 10%.Outra empresa que aposta na expansão para atender ao aumento da demanda é a J. Macedo, responsável pelas marcas Dona Benta, Petybon e Brandini, líder no Norte-Nordeste. "Acreditamos que o mercado brasileiro apresenta um grande potencial para o crescimento do consumo", afirma Marcos Povoa, diretor comercial e de novos negócios da J.Macedo. "De olho nessa oportunidade, estamos trabalhando na expansão da capacidade produtiva de nossa unidade de São José dos Campos, aumentando o volume de massas de 63 mil toneladas ao ano para 93 mil toneladas".LacunaPara ocupar o lugar deixado pela Frescarini, que deixou de ser produzida em abril, pela General Mills, o Grupo Bertin lançou, no fim de setembro, sua linha de massas frescas com a marca Vigor. Presente em grandes e médias redes de varejo, o objetivo da empresa é alcançar, em 12 meses, 15% do mercado de massas frescas em São Paulo, chegando ao pequeno varejo em março do próximo ano. "A Vigor tem uma forte atuação no pequeno varejo por conta de seus produtos lácteos, mas estamos definindo como se dará a logística de distribuição das massas", explica Marcos Scaldelai, diretor de marketing de produtos lácteos da Bertin.Sem revelar os números, Scaldelai conta que, em outubro, a produção já dobrou de volume e que, este mês, deverá dobrar novamente. A fabricação das massas da Vigor é feita pela Pastitex, que também possui marca própria no segmento. "Nosso produto é voltado para as classes B/C e possui desde massa de pastel, responsável pelo maior volume de vendas, até as recheadas, que tem maior valor agregado e incrementa o faturamento", afirma o diretor de Marketing.Fonte: Diário do Comércio - DCI.
Fonte: Abima

Trigo sem barreiras


Aumento da produção do grão no Brasil Central passa por programa de incentivo criado em Minas Gerais. Objetivo é atender consumo nacional
Geórgea Choucair
Minas Gerais comanda o início de um processo para tentar vencer a barreira que as instabilidades climáticas trazem para a cultura do trigo. Trata-se do projeto Trigo tropical, que prevê a produção principalmente por meio da irrigação na Região Central do país (Minas, Oeste baiano, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás). "Nossa meta é que a autossuficiência na produção do trigo passe pelo Brasil Central.", afirma Lindomar Antônio Lopes, coordenador do Programa de Incentivo ao Trigo de Minas Gerais (Comtrigo), da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), criado há quatro anos. Atualmente, mais de 95% da produção do trigo brasileiro está concentrada em terras do Paraná e do Rio Grande do Sul.
Lopes vai coordenar o programa Trigo tropical, que está sendo criado pelo Ministério da Agricultura a pedido do Comtrigo. "Queremos criar um polo de produção de trigo tropical", observa Lopes. A meta é que os estados da Região Central do país produzam 2 milhões de hectares nos próximos cinco anos e atinjam 8 milhões de toneladas do grão. "Se a meta for alcançada, o Brasil se torna autossuficiente. E, depois disso, podemos até pensar em exportação", observa Lopes.
O Brasil colhe este ano uma safra de trigo menor do que a esperada e de qualidade inferior. O motivo são as intensas chuvas que atingiram as lavouras do Paraná, principal estado produtor. A estimativa da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) é de que a produção de trigo brasileira caia 14,3% na safra 2009/1010. O consumo nacional de trigo é de aproximadamente 10,5 milhões de toneladas, e, segundo a CONAB, o volume que será colhido deverá ficar em 5,04 milhões de toneladas, o que obrigará o país a importar mais de 5 milhões de toneladas. E o pior: o Brasil terá que importar volume maior no momento em que seu principal fornecedor, a Argentina, enfrenta baixa de oferta.
Entre 80 e 100 produtores do Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste Mineiro devem produzir este ano 93,3 mil toneladas de trigo, ante 95,6 mil no ano passado. "Podemos considerar que a produção ficou estável", diz Lopes. A produtividade do trigo em Minas, segundo ele, está em torno de 5 toneladas por hectare, bem acima dos 2,7 hectares do Sul do país. "Aqui temos pouca chuva e estações climáticas bem definida. No Sul, há muita instabilidade, geada e incidência de pragas", ressalta o coordenador do Comtrigo. A meta dos produtores mineiros é criar um selo de qualidade e cruzar os limites do estado e do país.
Em Minas, o trigo é considerado cultura de inverno, ideal para fazer a rotação no campo. "Culturas tradicionais do estado, como soja, milho e feijão, são de verão. De abril a setembro, o terreno fica vazio. E o trigo é favorável para essa rotação, pois o plantio é direto. Depois que é colhido, não é preciso limpar o terreno. Isso reduz em 20% o custo para o produtor", observa Lopes.
Fonte: Conab

Semana de ganhos para o trigo

Compras de fundos garantiram uma sexta-feira e uma semana toda de altas para as cotações do trigo nas bolsas americanas. Na bolsa de Chicago, os papéis para entrega em março encerraram a sessão negociados a US$ 5,5975 por bushel, ganho de 7,50 centavos de dólar em relação à véspera; em Kansas, o mesmo vencimento subiu 6,25 centavos de dólar e fechou a US$ 5,5650 por bushel.
Continua a sustentar os preços a expectativa de que a queda da qualidade da safra americana de milho amplie a demanda por trigo, já que ambas as commodities podem ser utilizadas na produção de rações. No Paraná, a saca de 60 quilos do cereal saiu, em média, por R$ 25,49, de acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura.
Fonte: Valor Econômico

domingo, 15 de novembro de 2009

Estoques Mundiais de Trigo



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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mapa apoia venda de 210 mil toneladas de trigo em leilões

Brasília (12.11.2009) - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoiou a comercialização de 210,9 mil toneladas de trigo, do total de 315 mil toneladas ofertadas, nesta quinta-feira (12), com leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP). A medida garantiu a venda do grão pelo preço mínimo fixado pelo governo e seu deslocamento para regiões deficitárias, beneficiando produtores rurais da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Com esse leilão, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume total do trigo vendido por meio dos leilões de PEP, ocorridos desde o início da safra, atinge 591 mil toneladas, do total de 812 mil toneladas ofertadas. Até o final do ano, leilões de PEP de trigo serão realizados semanalmente.
O Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP) - O governo paga o prêmio ao comprador que garanta ao produtor o preço mínimo e que encaminhe o produto para uma região pré-determinada, de acordo com as necessidades de abastecimento do País. Com esse mecanismo, o governo pode conduzir a política complementar para abastecimento de regiões com déficit e melhorar a distribuição dos produtos agrícolas, sem a necessidade de comprá-los. (Débora Pinheiro).
Fonte: MAPA

Estimativas da produção de grãos 2008/2009 e 2009/2010


Obs.: Clic na figura para visualizar em tamanho maior.
Fonte: Conab

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Futuros do trigo negociados na bolsa de Chicago fecharam o pregão de ontem com alta

Fechamento positivo. Os contratos futuros do trigo negociados na bolsa de Chicago fecharam o pregão de ontem com alta de 22,75 centavos de dólar para entrega em março, a US$ 5,40 por bushel. Em Kansas, que comercializa o trigo americano de melhor qualidade, a alta foi de 20,75 centavos para os contratos do mesmo período, para US$ 5,38. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, a desvalorização do dólar foi, mais uma vez, o principal fator por trás do resultado. "O dólar fraco está trazendo dinheiro novo para as commodities", disse à agência Chad Henderson, analista da Prime Agricultural Consultants. No mercado interno, a saca de 60 quilos fechou a R$ 25,26, com variação diária de 0,92%, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Deral).
Fonte: Agrolink

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

França reduz previsão da produção de trigo para 36,5 mi de toneladas

Paris, 4 - O Ministério da Agricultura francês informou hoje esperar que a produção de trigo leve em 2009/2010 totalize 36,55 milhões de toneladas, menos do que as 36,6 milhões de toneladas previstas há um mês. No ano passado, esperava-se 37,1 milhões de toneladas. A França é o maior produtor de trigo da Europa.A produção foi reduzida neste ano por causa da diminuição da área plantada com trigo. Em parte, as chuvas encorajaram os produtores a substituir o trigo por outra cultura. O Ministério também informou que os estoques de trigo deverão aumentar neste ano para 3,6 milhões de toneladas, ante 3,1 milhões de toneladas no ano-safra anterior. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Último Segundo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

2 milhões de toneladas de trigo vão virar ração


País terá de importar cerca de 6 mi de toneladas; como a Argentina também tem tido problemas, maior parte deve vir de fora do Mercosul
Os produtores de trigo responderam aos incentivos do governo e a safra nacional deste ano voltou a ser boa, superando 5 milhões de toneladas. Um bom volume, mas que não irá todo à mesa dos brasileiros porque o excesso de chuva na reta final da colheita depreciou a qualidade do trigo.
Na avaliação do mercado, pelo menos 2 milhões de toneladas não têm padrão suficiente para o consumo humano e deverão ir para ração.
Para o gerente comercial da ADM no Brasil, Carsten Wegener, cerca de 800 mil toneladas do trigo de baixa qualidade ainda podem ser exportadas, uma vez que tradicionalmente há demanda pelo produto por países do norte da África.
Um dos participantes do leilão de trigo do governo na semana passada já vendeu o cereal arrematado para Bangladesh e para países da África.
A má qualidade do trigo brasileiro e os atuais problemas vividos pela Argentina, tradicional fornecedora brasileira, vai forçar o país a buscar mais trigo fora do Mercosul.
Luiz Martins, da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), diz que pelo menos 40% do trigo do Paraná foi prejudicado pela brusone -doença provocada por um fungo que reduz o rendimento e a qualidade do trigo.
Neste cenário, o país teria pouco mais de 3 milhões de toneladas resultantes da safra 2009/10. O volume, acrescido dos estoques governamentais, elevaria a oferta total de trigo para 4 milhões. "Ainda faltam 6 milhões para completar a demanda interna", diz Martins.
As importações da Argentina ainda são uma incógnita. O presidente da Câmara Arbitral da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Javier Bujan, disse sexta-feira, em seminário da Abitrigo, que "as perguntas são muitas sobre o setor na Argentina, mas ainda não há respostas".
A Argentina, que produziu 16,8 milhões de toneladas há duas safras, deve obter apenas 8 milhões neste ano. Bujan acredita que a oferta exportável possa chegar a 3 milhões.
Mas os problemas na Argentina -tanto seca como retenções do governo- estão incentivando outros países do Mercosul a plantar trigo.
Uma das principais áreas de crescimento ocorre no Uruguai. Gonzalo Souto, do Escritório de Programação e Política Agropecuária do Ministério de Agricultura do Uruguai, disse que o país deverá produzir 1,8 milhão de toneladas neste ano, tendo saldo exportável de 1,3 milhão -80% desse volume deverá vir para o Brasil.
A produção cresce também no Paraguai, mas parte do trigo teve os mesmos problemas do produto brasileiro. Apesar disso, Marcos Villalba, do Ministério de Agricultura do Paraguai, diz que o país tem pelo menos 500 mil toneladas que podem ser exportadas para o Brasil.
Diante desses números, o Brasil terá de importar de 2,5 milhões a 3 milhões de toneladas de fora do Mercosul, segundo o mercado. Os números de José Maria dos Anjos, do Ministério da Agricultura, ficam entre 1,5 milhão e 2 milhões.
Fonte: Folha de São Paulo

Câmara prorroga isenção de PIS/Cofins do pão até julho de 2011

O pão, o trigo in natura e a farinha de trigo podem voltar a ter preços mais baixos por mais dois anos. A Câmara dos Deputados aprovou ontem uma Medida Provisória que prorroga a isenção de PIS e Cofins desses produtos até 2011.A isenção tributária já está em vigor para os derivados do trigo desde 2008 e, para continuar valendo, depende agora da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na proposta original, o governo propôs prorrogar a isenção – que foi encerrada em 30 de junho deste ano – até 31 de dezembro de 2010.Na primeira votação, a Câmara decidiu tornar a isenção permanente. Quando chegou ao Senado, a proposta ganhou um prazo: julho de 2011. A justificativa da casa foi de que as isenções temporárias são mais difíceis de retirar com outras leis do que as permanentes.
Fonte: eBAND-jornalismo

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Trigo argentino no Brasil

O volume de trigo argentino disponível para exportação nesta temporada 2009/10 deverá ficar em torno de 3 milhões de toneladas, levando-se em consideração uma produção total de 8 milhões de toneladas e uma reserva para estoques da ordem de 1,5 milhão. Os cálculos foram realizados por especialistas e fontes do segmento em seminário internacional realizado no fim da semana passada, na capital paulista.
"Se não houver problemas de clima [geadas e chuvas durante a colheita], vamos ter uma safra de 8 milhões a 8,2 milhões de toneladas", afirmou o presidente da Câmara Arbitral da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Javier Bujan, durante sua palestra. Bujan, cuja estimativa é superior à da própria bolsa - que oficialmente projeta 7,75 milhões de toneladas para 2009/10, ante 9,2 milhões em 2008/09 -, disse, ainda, que a Argentina tem uma sobra da temporada passada de cerca de 1,5 milhão de toneladas.
Os estoques de 2008/09, mais as outras 1,5 milhão de toneladas que não deverão ser consumidas na Argentina no ciclo 2009/10, resultariam nas 3 milhões de toneladas disponíveis para as vendas externas, observou Bujan. "Mas não sei quanto trigo virá ao Brasil ou quanto trigo a Argentina vai exportar", destacou. Bujan lembrou, também, que a Argentina tem sua própria política pecualiar para emitir licenças de exportação.
Uma fonte da trading Toepfer presente ao evento concorda que a Argentina terá um estoque de passagem de 1,5 milhão de toneladas de trigo da safra 2008/09. A trading estima uma produção entre 7,8 milhões e 8 milhões de toneladas em 2009/10. Isso também resultaria em uma oferta exportável de trigo de até 3 milhões de toneladas, considerando-se que o Argentina quer reter para consumo interno aproximadamente 6,5 milhões de toneladas do cereal.
"A pergunta é qual vai ser a cota, a licença que vai ser autorizada para exportação," afirmou a fonte da Toepfer. "Creio que o governo vai liberar licenças devagar". O volume a ser exportado pela Argentina é vital para o Brasil, um dos maiores importadores de trigo do mundo e que tem no país vizinho, tradicionalmente, seu principal fornecedor no exterior. E o montante crescerá em 2009/10, levando-se em conta que cerca de 2 milhões de toneladas do cereal da safra brasileira - de um total de 5 milhões de toneladas -, deverão ser destinadas à produção de ração, por causa da queda de qualidade em decorrência das chuvas.
Assim, o volume a ser exportado pela Argentina definirá quanto o Brasil precisará buscar fora do Mercosul. Para representantes da indústria nacional, o país terá que importar cerca de 3 milhões de toneladas de fora do Mercosul. "Que a gente consiga importar 2 milhões de toneladas da Argentina. Mais 5 milhões de toneladas da produção no Brasil, são 7 milhões. Teremos que comprar 3 milhões em outro lugar", afirmou Luiz Martins, presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).
Fonte: Suinocultura Industrial

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Produtores se preparam para colher trigo no RS

Agricultores do Rio Grande do Sul se preparam para colher uma boa safra de trigo. O excesso de chuva prejudicou a qualidade do grão em outros Estados, como o Paraná, mas não chegou a comprometer as lavouras gaúchas.
A colheita mal começou e o produtor rural Laudinor José Kraemer já faz um bom prognóstico.
— Vamos ter trigo de qualidade boa, até agora tem um desenvolvimento muito bom, uma formação de grão muito boa — afirmou Kraemer.
O otimismo do triticultor de Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, é quase um alívio. Entre julho e setembro, os Estados do Sul, que concentram a produção nacional de trigo, registraram chuvas bem acima da média, fator suficiente para esperar uma quebra grande da safra.
O excesso de chuvas comprometeu a quantidade e a qualidade do trigo no Estado responsável por metade da produção nacional, o Paraná. Os paranaenses esperam colher 2,6 milhões de toneladas nesta safra, contra 3,2 no ano passado. Á maior parte disso, de qualidade inferior, vai ser destinada à ração animal. Porém, diferente do que se imaginava, este mesmo problema não deve ser registrado no Rio Grande do Sul.
O presidente do sindicato que reúne os moinhos gaúchos explica que o trigo do Estado está melhor preparado para lidar com problemas climáticos.
— A nossa pesquisa de trigo no RS sempre foi focada em trigos resistentes, entre outras coisas, à chuva — disse o presidente do sindicato da Indústria do Trigo no RS, Gerson Pretto.
Apesar de uma boa colheita, os triticultores estão preocupados com a rentabilidade da safra 2009/2010. O problema é o preço baixo.
— Isso vem abaixo das expectativas do produtor, abaixo do que o governo definiu como preço mínimo e prejudica a questão da comercialização e da viabilidade da triticultura — concluiu o pesquisador da Embrapa Trigo, Eduardo Caierão.
Fonte: Canal Rural

Pão com mandioca: projeto é aprovado na Câmara

Adicionar fécula de mandioca à farinha de trigo usada para fabricar o pãozinho consumido em milhões de lares brasileiros. O projeto de lei apresentado pela deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) foi aprovado na última quarta-feira pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Além de criar uma mistura com rico valor nutritivo, conforme estudos realizados pelos técnicos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a proposta pode contribuir também para a criação de novas frentes de emprego a partir da expansão das atividades agrícolas ligadas ao cultivo da mandioca em todo o país.O PL 5.332/2009 foi relatado na Comissão de Agricultura pelo deputado Beto Faro (PT-PA), que deu parecer favorável á proposição da deputada Elcione. Segundo justificativa da deputada, o Brasil importa atualmente 75% do trigo que consome internamente, o que correspondente a 7 milhões de toneladas, e que a adição de mandioca à farinha de trigo representaria, além de tudo, uma enorme economia de divisas para o Brasil.“Quem ganha com a aprovação do projeto é a população, que, além de ter um pão com maior valor nutricional, ganha também com a redução do preço do pãozinho, a partir da redução da adição de farinha de trigo”, comemorou a deputada Elcione Barbalho.
Fonte: Diário do Pará

Farinha de trigo terá adição de mandioca

Depois de cinco anos engavetado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL 4679/01) que visa a adicionar fécula de mandioca à farinha de trigo chegou a um consenso nessa terça-feira (12-12) em Brasília. A Comissão Especial criada para discutir a proposta fez um pré-acordo com a indústria de trigo - cujo martelo final será batido nesta quarta-feira - que retira do projeto a obrigatoriedade de misturar fécula de mandioca em toda a farinha de trigo produzida e importada no País.Após a aprovação na Comissão Especial, o projeto segue para o Senado Federal, esperando a sanção presidencial para entrar em vigor. Pelo acordo, os moinhos serão obrigados a adicionar apenas 10% de amido de mandioca na farinha de trigo em produtos como pães, macarrão e biscoitos, destinados a instituições governamentais. Com isso, os alimentos feitos com a farinha mista serão usados somente em merendas escolares e creches, hospitais públicos, no Exército e em penitenciárias.Apesar do projeto original não ser aceito pela indústria de trigo, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), João Eduardo Pasquini, diz que o resultado obtido foi um sucesso. "Foi uma vitória para o setor da mandioca, pois várias pessoas terão a oportunidade de consumir fécula de mandioca na farinha de trigo", declara. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) foi procurada, mas os executivos não foram encontrados.A proposta de misturar 10% de amido de mandioca à farinha de trigo deve gerar cerca de 30 mil novos postos de trabalho na cadeia produtiva do setor, segundo estima o presidente da Abam. "Pela proposta, os moinhos terão isenção PIS e Confins na venda do produto que tiver a adição de fécula de mandioca. A intenção desta medida é baratear o custo de produção da farinha mista.
Fonte: Portal do Agronegócio