quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Contratos futuros de trigo registraram a terceira queda seguida

Menos crédito na China. Os contratos futuros de trigo registraram a terceira queda seguida nas bolsas diante da especulação de que a demanda pelo produto americano vai declinar com o arrefecimento da expansão de crédito na China. Em Chicago, os contratos com vencimento em maio recuaram 4,25 centavos, para US$ 5,0775 por bushel. Neste mês, a baixa chega a 8,8%, também por causa da previsão de que o volume de estoques nos EUA subiria mais do que o aumento das exportações semanais. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento recuou 2,25 centavos de dólar e fechou em US$ 5,115 por bushel. No Paraná, o preço da saca de 60 quilos ficou estável em R$ 23,79, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado.
Fonte: Agrolink

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Inscrições para bolsa de estudos sobre arroz e trigo terminam em 1° de fevereiro

O Programa Beachell-Borlaug International Scholars recebe inscrições até 1º de fevereiro para o financiamento de bolsas de estudos destinadas a cientistas, melhoristas e estudantes universitários interessados em desenvolver novas tecnologias de produção de arroz e trigo. A Monsanto financia a iniciativa, que está em seu segundo ano, e anunciou em março do ano passado um investimento de US$ 10 milhões. "Procuramos os bons acadêmicos, que estejam com mestrado ou doutorado em andamento na linha de pesquisa agrícola de arroz e trigo, principalmente no que se refere a aumento de produtividade, entre outros fatores do melhoramento genético dessas culturas", explica o diretor do Programa Beachell-Borlaug, Edward Runge, chefe do Departamento de Solo e Culturas da Texas A & M University e um dos mais atuantes agrônomos americanos na última metade do século 20. A relação de projetos selecionados deve sair até o dia 1° de maio de 2010. O programa Beachell-Borlaug International Scholars - administrado pela Universidade do Texas - homenageia os pesquisadores Henry Beachell e Norman Borlaug, vencedores do World Food Prize e pioneiros nos trabalhos científicos de melhoramento genético das duas culturas. Em 2009, 12 pesquisadores de diferentes nacionalidades (Estados Unidos, Colômbia, Síria, Índia, Etiópia, Quênia, México, Irã, Argentina e China) conquistaram bolsas de estudos.O acadêmico que ainda tenha dois anos a cursar está apto para participar do programa. Além da pertinência do trabalho, uma junta de oito especialistas da Beachell-Borlaug International Scholars, formada por pesquisadores de diversos países, irá avaliar a capacitação do aluno e do professor responsável pelo projeto. As inscrições serão avaliadas por um painel independente formado por professores de todo o mundo e coordenador por Ed Runge, diretor do programa, e por Billie Turner, professor emérito de produção agronômica do Departamento de Ciências do Solo e de Culturas da Universidade do Texas. A participação da Monsanto é apenas de apoio financeiro, não tendo envolvimento na escolhas dos trabalhos.A iniciativa faz parte do compromisso da Monsanto em colaborar para o aumento da produção mundial de alimentos, com maior preservação dos recursos naturais. Arroz e trigo foram escolhidos porque, apesar de serem culturas importantes na dieta alimentar em vários países, vêm apresentando um aumento de sua produtividade menor que o crescimento de seu consumo por uma população cada vez maior no planeta. Estima-se que estas culturas são a base nutricional de 3 bilhões de pessoas, principalmente em países em desenvolvimento. Mais informações podem ser obtidas no site da monsanto.
Fonte: Jornal de Uberaba

UE eleva licença de exportação de trigo a 488 mil t na semana

Londres, 22 - A União Europeia (UE) elevou as licenças de exportação para o trigo soft a 488 mil toneladas na semana encerrada em 19 de janeiro, segundo dados do bloco. Com isso, as exportações europeias de trigo, nas 29 semanas do ano comercial 2009/10, somam 9,56 milhões de toneladas, abaixo das 12,07 milhões de toneladas em igual período do ano anterior. As exportações totais de grãos do bloco somaram 591 mil toneladas na semana e 11,74 milhões de toneladas no acumulado do ano safra, comparado as 17,93 milhões de toneladas de igual período do ano passado.As importações de grãos da UE no período somaram 5,68 milhões de toneladas, bem abaixo das 7,86 milhões de toneladas adquiridas em igual período de 2008/09. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Último Segundo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Grãos têm pior cotação em 3 meses na Bolsa de Chicago

Soja, milho e trigo, principais commodities agrícolas negociadas no mercado internacional, tiveram mais uma semana de perdas e recuaram ao menor nível em três meses na Bolsa de Chicago (CBOT). O trigo foi o produto que mais caiu nos últimos sete dias, com desvalorização de 8% na semana e queda de 7% no ano. O milho, que recuou 4% na semana, já acumula baixa de 11% em 2010. A soja registra desvalorização de 3% na semana e de 9% no ano.
A expectativa de safras cheias na América do Sul após uma colheita recorde de grãos nos Estados Unidos continua pesando sobre as cotações. A recuperação da safra no Brasil e Argentina vai aumentar significativamente os estoques finais mundiais e mantém o mercado sob pressão, observa Daniele Siqueira, analista da Agrural.
No caso da soja, o excendente global deve ser 40% maior do que na temporada passada, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O órgão prevê aumento de 6% na demanda, mas estima crescimento ainda maior na oferta, que deve ser 20% maior no ciclo 2009/10.
“A soja manteve-se em alta no ano passado e agora não encontra espaço para subir”, diz Daniele. Ela acrescenta que mercado da oleaginosa reage também às incertezas quanto à demanda chinesa. “Por enquanto continua forte. Mas eles podem pisar no freio a qualquer momento. O próprio governo chinês já admitiu que há uma bolha e quer frear o crescimento da economia do país.”
Ontem, o primeiro contrato da soja caiu 13,5 pontos e finalizou os negócios na CBOT valendo US$ 9,5 o bushel (27,2 quilos), ou US$ 20,96 a saca. O milho fechou cotado a US$ 3,68 o bushel (25,4 quilos), ou US$ 8,69 a saca de 60 quilos, com queda de 1,25 ponto no dia. O trigo caiu 3 pontos e terminou o pregão cotado a US$ 4,98 o bushel (27,2 quilos), ou US$ 10,99 a saca.
No Brasil, os preços internos variaram pouco ontem. Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura (Seab), o produtor paranaense recebeu em média R$ 36,92 pela saca de soja (+0,08%), R$ 14,91 pela saca de milho (+0,74%) e R$ 23,76 pela saca de trigo (-0,13%).
Fonte: Porkworld

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pelo menos 30% do trigo produzido no Brasil na safra 2009/10 será transformado em ração

Segundo estimativas conservadoras, o excesso de chuvas no segundo semestre do ano passado no Sul deteriorou a qualidade de 2 milhões das 5 milhões de toneladas produzidas. Com o cereal abaixo dos padrões mínimos de processamento estabelecidos pelos moinhos brasileiros, o mercado de rações passa a ser uma forte alternativa de escoamento. Há quem acredite que os embarques poderão somar 2,7 milhões de toneladas, mas um novo recorde histórico virá mesmo com "apenas" 1,5 milhão de toneladas.
O Brasil, que não produz trigo suficiente para abastecer o consumo doméstico e é um dos maiores importadores do mundo, historicamente só exporta o cereal quando a qualidade não atende aos padrões mínimos de moagem para consumo humano. Como o "cereal-ração" já tem no milho um competidor forte no mercado interno, a saída é mesmo exportar.
A última safra em que os embarques nacionais de trigo superaram 1 milhão de toneladas foi a 2003/04, quando um problema climático derrubou a qualidade do cereal gaúcho. "Naquela época, foram embarcados 1,37 milhão de toneladas. O câmbio estava favorável e o mercado externo, receptivo. Foi muito trigo para ração para Egito, Líbia e Europa", lembra Silvio Farnese, coordenador geral de cereais e culturas anuais do Ministério da Agricultura. Neste ano, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda prevê exportações de 750 mil toneladas, mas o próprio Farnese reconhece que o cálculo é conservador. "É possível que o volume seja maior", diz ele, que prefere não fazer projeções.
As intempéries que derrubaram a qualidade do cereal devem ter um custo alto para os cofres públicos. Do ano passado até agora, o governo já colocou R$ 800 milhões via Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) para atender 2,4 milhões de toneladas de trigo. Não necessariamente todo esse volume é direcionado ao mercado externo, e parte dele foi produzido na safra anterior. No mesmo período, o governo injetou R$ 1,5 bilhão para apoiar a comercialização de milho. É quase o dobro do valor, mas a safra de milho é dez vezes maior.
O fato é que, com a ajuda governamental, o produtor do Sul está conseguindo escoar esse trigo de baixa qualidade pelo preço mínimo, fixado pela Conab em R$ 355,50 por tonelada. As indústrias que aderem ao PEP têm que comprovar que pagaram ao produtor R$ 355,50 para receber o prêmio do governo de R$ 190. O produtor tem a vantagem de deixar de competir com o milho de ração que, no sudoeste do Paraná, está valendo cerca de R$ 211 a toneladas, bem menos que o cereal.
No mercado internacional, esse trigo de baixa qualidade garantia uma remuneração (antes do fechamento de ontem das bolsas, quando o cereal teve forte queda) de US$ 155 a US$ 160 a tonelada colocada no porto (FOB) no Brasil. Em moeda nacional, o valor equivale a R$ 275, que, subtraídos os custos com embarque e frete interno, cai para R$ 215. Acrescentando-se o prêmio de R$ 190 por tonelada do PEP, a receita da trading sobe para R$ 405 por tonelada. "Desse valor, o exportador paga R$ 355 ao produtor", diz um trader que prefere o anonimato.
Ele alerta, entretanto, que com a queda de 36 centavos de dólar por bushel registrada ontem na bolsa de Chicago (ver matéria nesta página) é possível que a conta não feche mais dessa forma. "De US$ 155, a tonelada do trigo de baixa qualidade deve recuar para US$ 140, reduzindo a margem de exportação do Brasil", afirma. "Acredito que, quem fez, se deu bem, mas agora ficará mais complicado com os novos números de maiores estoques mundiais divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos [USDA]", pondera o trader.
Christian Saigh, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), está entre os que estimam que 2,7 milhões de toneladas estão fora do padrão de moagem. Segundo ele, 1,1 milhão de toneladas já foram exportados até agora. Com a qualidade da safra prejudicada, os moinhos encontram-se diante de cinco variedades de grão para moer, quando em uma colheita normal as indústrias lidam com, no máximo, três tipos. "Isso certamente nos dá mais trabalho e elevará custos. Gastamos mais tempo procurando grão no campo e fazemos mais análises de laboratório", diz Saigh, sem precisar o quanto essa dificuldade se refletirá nas planilhas de custos.
Fonte: Portal do Agronegócio

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE GRÃOS


Clic na figura para ampliar.
Fonte: Conab

Terremoto destrói único grande moinho de trigo do Haiti

Nova York, 14 - O único grande moinho de trigo do Haiti foi severamente danificado pelo terremoto de anteontem, o que prejudicou a fabricação de farinha e complicou os esforços para alimentar a população, de acordo com o "Wall Street Journal". O tremor foi o mais forte no país em mais de 200 anos, derrubou vários prédios e deixou milhares de mortos. O moinho está localizado na cidade de Porto Príncipe, junto a um porto, e é capaz de processar 1.050 toneladas de trigo por dia. O complexo, que inclui silos para grãos e o moinho, foi privatizado pelo governo em 1997, e pertence à norte-americana Seaboard Corp, à belga Continental Grain Co, além de um parceiro no Haiti. O governo do país é dono de 30% do moinho, que estava funcionando no momento em que o terremoto ocorreu (por volta das 17h no horário local). Os proprietários ainda estão em busca dos funcionários.O vice-presidente e gerente-geral das operações da Continental na América Latina, Brian Anderson, afirmou que, embora não se saiba exatamente qual é o tamanho dos danos, os investidores se comprometeram em reconstruir o complexo. As autoridades devem começar a inspecionar o local ainda hoje. "Vamos trabalhar intensamente", disse Anderson. "É muito importante para a segurança alimentar do Haiti."
Fonte: Último Segundo

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Anaconda cobra qualidade na produção nacional de trigo

Trigo nacional de qualidade sempre encontrará comprador no mercado interno, diz o presidente do Grupo Anaconda e conselheiro da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Luiz Martins. Em entrevista, ele critica o fato de o Rio Grande do Sul produzir um grande volume de trigo do tipo brando, que tem demanda restrita no País, em vez do tipo panificador, mais procurado e o que responde por quase 100% das importações.
Martins também questiona a política do governo para o setor trigo, em especial a decisão de reajustar o preço mínimo do grão para um valor que "não é o de mercado". Devido a isso, nesta safra a negociação direta com os moinhos não aconteceu, restando a produtores e cooperativas concentrar a comercialização nos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que asseguram o preço mínimo. Para atrair o comprador, o governo concede uma subvenção que reduz as despesas com frete. Prêmios que variam de R$ 94 a R$ 215 a tonelada já levaram "muitos moinhos a comprar trigo nos leilões", admite Martins.
No entanto, problemas de qualidade provocados pelo excesso de chuvas durante o desenvolvimento e a colheita do trigo em 2009 limitarão a demanda pelo produto nacional neste ano e a importação continuará sendo necessária, diz o executivo do Anaconda, que tem moinho em São Paulo e em Curitiba, com capacidade de moagem de 2.500 toneladas/dia. Veja abaixo os principais trechos da entrevista.
P - O governo tem incentivado a produção nacional de trigo como forma de reduzir a dependência da importação. No último ano, reajustou o preço mínimo, valor que serve de referência para os programas governamentais, o que levou a um aumento significativo da área plantada. No entanto, o clima foi ruim para o trigo em 2009 e o governo está se vendo obrigado a garantir preço ao produtor mesmo nos casos de trigo cuja qualidade não atende à indústria. O que está errado nesta política?
Luiz Martins - O grande erro foi o governo ter estabelecido um preço que não é o de mercado. Efetivamente estimulou a produção; todo mundo plantou. Não fosse o problema climático, talvez a estratégia estivesse certa, mas é preciso considerar o preço do trigo lá fora. Não tem sentido pagar R$ 500 a tonelada se eu posso comprar por R$ 350/400 a t. Não consigo fazer isso só porque o preço mínimo é de R$ 500. Por outro lado, o governo tem estabelecido mecanismos que pagam essa diferença, como o PEP. Muitos moinhos têm comprado trigo nos leilões de PEP.
P - O PEP reduz os gastos dos moinhos com o frete e está favorecendo também a exportação do trigo. O governo diz que a ideia é retirar do mercado interno o trigo prejudicado pela chuva e que só pode ser aproveitado como ração. Está acontecendo isso mesmo? Trigo de boa qualidade tende a ficar no mercado interno e o prejudicado pela chuva será exportado?
Martins - Nossa avaliação é de que praticamente todo o trigo de pior qualidade, ou 1/3 da produção, já foi para o mercado externo. Agora, infelizmente, se perdeu muito trigo. Outro 1/3 precisará ser misturado com trigo de melhor qualidade, que teremos de importar, e apenas 1/3 é próprio para moagem.
P - Quem serão os fornecedores de trigo pra o Brasil neste ano-safra? O Mercosul conseguirá atender a demanda ou será necessário buscar trigo no Hemisfério Norte?
Martins - Notamos algo interessante no Mercosul. A Argentina, ao adotar a cobrança de um imposto de exportação muito alto ao agricultor, provocou a exportação dos agricultores argentinos. Eles foram para o Paraguai, para o Uruguai e já estão indo para Mato Grosso do Sul. Por conta disso, a produção do bloco tem agora uma nova característica, com argentinos arrendando terras e produzindo nos países vizinhos. O Uruguai triplicou sua produção de trigo e o Paraguai, duplicou. Com certeza, esses dois países vão ajudar o Brasil com produto - o cereal do Uruguai é de muito boa qualidade, embora eles também tenham tido alguns problemas climáticos. Mas precisaremos de mais trigo e os fornecedores naturais são Estados Unidos e Canadá.
P - Nos últimos anos o Brasil tem importado volumes ao redor de 5 milhões de toneladas/ano, o equivalente a 50% das necessidades internas de trigo. Essa tendência continua em 2010 ou os problemas registrados levarão a um incremento na importação?
Martins - A tendência é de que se mantenha. A gente espera que o agricultor não se desestimule a plantar. Nós também estamos numa encruzilhada; gostaríamos de ser autossuficientes em trigo, mas, por enquanto, a importação é necessária.
P - E o mercado de farinha de trigo? Havia uma reclamação da indústria nacional em relação à entrada de farinha argentina no Brasil. A adoção de licenças não automáticas de importação trouxe resultados?
Martins - As licenças não automáticas reduzem, mas não acabam com a exportação de farinha de trigo subsidiada para o Brasil. O que ajudou bastante foi a ação da Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR) no combate ao contrabando de farinha. A situação é mais difícil no oeste do Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul porque entra muita farinha contrabandeada, o que é desestimulante, até mais do que a entrada da farinha subsidiada pelo Brasil.
P - O subsídio ao qual o senhor se refere é a taxação diferenciada na Argentina para a exportação do trigo em grão, de 20%, e da farinha, de 10%?
Martins - Não só isso. A outra parte do subsídio é aquela que prejudica o produtor argentino, ou seja, se o trigo tem 30% de imposto (na exportação) o moinho argentino sabe que o agricultor não conseguirá vender (no mercado interno) pelo mesmo valor da exportação. O moinho argentino compra trigo 30% mais barato. Compram mais barato do que nós. Isso é um subsídio.
Martins - Nós estamos tentando iniciar um programa com a Secretaria da Agricultura do Paraná idêntico ao que já temos com a Secretaria de Agricultura de São Paulo (produção de variedades especiais), sendo que no Paraná mais específico para o trigo orgânico. É um mercado no qual a gente já começa a acreditar. É lógico que vai demorar um pouquinho, mas já estamos procurando esta linha. Cada vez mais temos a necessidade de ter trigos especiais que permitam fazer exatamente a farinha que o cliente demanda. Ele quer uma farinha que, quando fizer a massa e colocar na máquina para fazer pizza, por exemplo, ela não saia com diâmetro maior ou menor, mas naquele exato tamanho. Se não for atendido, o cliente perde dinheiro. Cada vez mais essas necessidades terão de ser atendidas.
P - E é possível atender a esses clientes com trigo produzido no Brasil?
Martins - O Rio Grande do Sul tem capacidade de fornecer 2 milhões de toneladas por safra mas, infelizmente, continua produzindo uma variedade de trigo que não tem demanda. O Estado produz como se ainda estivesse vendendo a trigo ao governo (até o início da década de 90 a Companhia Nacional de Abastecimento comprava praticamente toda a produção nacional de trigo e a revendia às indústrias). Naquela época, o governo vendia para os moinhos, que não tinham outro trigo para moer e o cliente não tinha outra farinha para comprar. Hoje não. O cliente demanda determinada farinha e eu tenho de procurar o trigo para fazer a farinha que ele quer. Se o Rio Grande do Sul mudar a maneira de plantar, plantando variedades que interessem ao mercado consumidor, a situação muda de figura. O Paraná já faz isso com muita propriedade e capacidade. Neste ano a produção foi prejudicada, mas ainda assim pelo menos 1/3 da produção será aproveitada. (Jane Miklasevicius - AE).
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Preços do trigo voltaram a cair na quinta-feira

Realização de lucros. Os preços do trigo voltaram a cair na quinta-feira em Chicago após atingir o maior valor em um mês e voltaram ao patamar do início da semana. Os contratos com vencimento em maio terminaram o pregão a US$ 5,70 por bushel, queda de 9,75 centavos de dólar. Na bolsa de Kansas, as entregas para maio caíram 10,5 centavos de dólar para US$ 5,61 por bushel. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires disseram que a alta de quarta-feira aconteceu de forma muito rápida, diante das compras dos fundos. Por conta disso, muitos investidores aproveitaram para realizar parte dos lucros nos negócios de quinta-feira. Diante da volatilidade no mercado internacional, os preços no mercado interno ficaram estáveis a R$ 24,10 por saca no Paraná, segundo o Deral.
Fonte: Agronotícias

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cotações futuras do trigo na bolsa de Chicago fecharam o primeiro pregão do ano com forte valorização

Opção de investimento. As cotações futuras do trigo na bolsa de Chicago fecharam o primeiro pregão do ano com forte valorização. Os contratos com vencimento em maio terminaram o dia a US$ 5,70 por bushel, alta de 15,75 centavos de dólar sobre o último dia de 2009. Em Kansas, os papéis com o mesmo vencimento subiram 14,5 centavos de dólar para US$ 5,6225. De acordo com a Bloomberg, a avaliação do mercado é de que as commodities agrícolas estão sendo consideradas uma opção de investimento diante da expectativa de aumento da demanda por alimentos. Além disso, o dólar teve um dia de perdas em relação a uma cesta de moedas, com a perspectiva de recuperação da economia mundial e o maior apetite por risco dos investidores. No mercado interno, a saca de trigo fechou a R$ 23,80, queda de 0,67%, segundo dados do Deral.
Fonte: Agrolink