terça-feira, 29 de junho de 2010

São Paulo, 23 - O preço mínimo do trigo que vigorará na safra 2010 foi reduzido em 10%

O preço mínimo do trigo que vigorará na safra 2010 foi reduzido em 10%. O valor para o tipo 1 pão foi fixado em R$ 28,62 a saca de 60 quilos na Região Sul, principal produtora do grão. Em tonelada, o preço passa dos atuais R$ 530 para 477/t. O Paraná é o maior produtor do trigo pão. Para o trigo brando tipo 1, cuja produção está concentrada no Rio Grande do Sul, o preço passou a R$ 23,81/saca, ou R$ 396/t. Os novos valores foram apresentados nesta manhã a representantes do setor produtivo pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. A Agricultura resistia à ideia de reduzir os valores, temendo uma queda ainda maior da área plantada com o cereal, mas a Fazenda insistia na revisão. Desde meados do ano passado, as cotações de mercado estão abaixo do preço mínimo, o que obrigou o governo a apoiar a comercialização da safra. No Rio Grande do Sul, praticamente toda a safra de trigo de 2009 foi negociada nos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento, nos quais o produtor tinha garantia de preço.

Fonte: IG Economia

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Produção de grãos argentina baterá recorde

BUENOS AIRES - O ministro de Agricultura da Argentina, Julián Domínguez, anunciou na sexta-feira que a produção de grãos do país atingirá recorde de 100 milhões de toneladas. Segundo ele, a supersafra inclui também aumento da produção de trigo, o que deixa o país em condições de ampliar suas exportações do cereal para o Brasil, principal importador. "Estou convencido de que este ano vamos superar os 100 milhões de toneladas, com recorde de produtividade e não só em soja", disse Domínguez. Até o momento, as estimativas da produção total de grãos superavam a casa dos 90 milhões, mas não chegavam ao volume projetado pelo ministro na sexta-feira.

De acordo com ele, "a aposta é chegar a 150 milhões de toneladas de grãos nos próximos anos". Contudo, ele reconheceu que falta projetar o futuro. Parte da estratégia oficial diz respeito ao estímulo ao agricultor para que não se restrinja ao cultivo da soja. Neste sentido, ele mencionou que a produção de trigo desse ano será muito maior que a última colheita. "Estamos estimando 4,5 milhões de hectares implantados com trigo, com uma produção de 14 milhões de toneladas, quase duplicando a safra anterior", disse ele.

Em relação ao embarque de óleo da China, Domínguez informou ainda que os embarques começaram a ser normalizados na sexta-feira. Desde abril, Argentina e China travam uma disputa comercial que levou à suspensão das importações chinesas.

Fonte.: http: WWW.dci.com.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Comparativo para trigo triticale


Fonte: Conab - Junho/2010


Obs.: Para visualizar a figura em tamanho maior basta clicar nela.

TRIGO COMPARATIVO 2008/09 E 2009/10


A figura ao lado mostra a estimativa da área, produção e produtividade.Comparando a safra anterior. Fonte: Conab - junho 2010

obs.: Para visualizar a figura em tamanho maior basta clicar nela.

sábado, 12 de junho de 2010

Encerra o plantio de trigo irrigado e começa a colheita do trigo de sequeiro

Encerrou na sexta-feira (11.06) o plantio do trigo irrigado no município de Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá), na fazenda Possamai. O coordenador do Programa de Apoio a Cultura do Trigo (Protrigo) e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro, relata que foram instaladas seis Unidades Demonstrativas (UD) de trigo irrigado em Primavera do Leste, Alto Garças e Lucas do Rio Verde. Nesse plantio, o acompanhamento da produção é feito com a utilização de 11 variedades adaptadas no Estado de Mato Grosso para estudar a sustentabilidade do trigo em nível comercial. E na próxima semana (14.06), começa a colheita do trigo de sequeiro.

Paro ressalta que na Fazenda Três Pinheiros, em Lucas do Rio Verde, nesta safra foram plantados 230 hectares de trigo irrigado, sendo a primeira área comercial do ano no Estado. Ele informa que o trigo serve como cultura para manejo do solo (rotação de cultura) e reduz a ocorrência de pragas, doenças e invasoras de folhas largas de difícil controle na soja e de fácil controle com o uso dos herbicidas do trigo. Salienta também que o irrigado tem apresentado respostas positivas com uma produtividade entre 70 a 75 sacas por hectare, inclusive com uma qualidade de grão comparado aos melhores trigos importados.

Os materiais genéticos são provenientes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Cooperativa do Vale do Paranaíba em Minas Gerais. As variedades IAC 350, BR 18, Aliança, BRS Guamirim, BRS 208, BRS 254, BRS 264 e Brilhante são testados para trigo de sequeiro e irrigado. Conforme pesquisa, a BRS Guamirim e 208 estão em fase inicial no Estado e a BR 18 continua sendo o material de grande potencial com tolerância à doença bruzone e a variedade IAC 350, que apresenta boa adaptação climática, é a mais indicada para produção de massas, em especial de macarrão.

Em Alto Taquari (479 km ao Sul da Capital), começa a colheita do trigo de sequeiro. Hortêncio fala que ao contrário do ano passado, onde choveu todos os meses de 2009, houve um forte veranico com mais de 25 dias, principalmente no mês de abril e maio, prejudicando a produtividade do trigo de sequeiro e do milho safrinha. “Acredito que houve uma perda devido à estiagem e haverá naturalmente uma redução na produtividade. Após a colheita, nas próximas semanas teremos uma noção da queda”, explica hortêncio.

No Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), no campus do Distrito de São Vicente foi implantado um trabalho de pesquisa para estudar a melhor época de plantio do trigo de sequeiro. Para observar o potencial do trigo de sequeiro foram instaladas quatro Unidades de Observação (UO), nos municípios de Alto Taquari, Tangará da Serra, Campo Verde e campo experimental do IFMT.

Fonte: 24Horas News - Cuibá MT

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sem compradores, trigo encalha no PR

São quase 500 mil toneladas de safras passadas; Faep diz que custo de produção é de R$ 33, mas mercado paga R$ 23
Entre os entraves para o encalhe, estão a alta carga tributária e a falta de logística para levar o trigo aos consumidores

Cerca de 500 mil toneladas de trigo estão encalhadas em armazéns do Paraná, o maior produtor nacional do cereal. A quantia corresponde a 16% do total produzido por ano no Estado e a 8% da produção nacional do grão.

De acordo com a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), o produto acumulado é de safras passadas e não tem comprador no país, que importa cerca de metade do consumo, principalmente da Argentina.

A Faep aponta uma série de entraves para o encalhe: carga tributária elevada e falta de logística para levar o produto de navio para zonas consumidoras (como Norte e Nordeste), além de pouca intervenção do governo em leilões para garantir preço mínimo competitivo ao trigo.

Dado da Faep aponta que o custo da saca de trigo está em R$ 33, mas o preço de mercado não passa de R$ 23.

O cenário negativo vem em um momento de aumento da produção do setor no Paraná, bastante castigado em 2009 pelas chuvas que causaram a quebra da safra.

O aumento de produção estimado pelo Deral (Departamento Econômico Rural, vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura) para este ano será de 11% em comparação ao ano passado.

DESESTÍMULO

Mesmo com maior produtividade, o economista Pedro Loyola, da Faep, vê na menor área plantada um sinal claro de que o produtor está desistindo de investir no trigo devido ao baixo preço e a entraves envolvendo a cultura.

A lavoura ainda continua sendo mantida, segundo Loyola, por questões técnicas de preparo do solo, cujo objetivo é ajudar a combater doenças e a preservar a terra para culturas de outras épocas do ano, como a soja. O início da colheita do trigo está previsto para julho.

Hoje é mais fácil arrumar um navio que sai de Buenos Aires para desembarcar o trigo de lá no Brasil do que uma embarcação que possa alcançar o mercado interno saindo do porto de Paranaguá, compara o economista.

Por meio da assessoria, o Ministério da Agricultura informou que não iria se pronunciar sobre os problemas relatados pelos triticultores.

Em Cafelândia (536 km de Curitiba), no oeste do Paraná, cerca de 70 mil toneladas de trigo de safras passadas estão armazenadas em silos e armazéns da cooperativa Copacol. Para 2010, são esperadas mais 80 mil toneladas.

Com a previsão de crescimento de safra neste ano, não sei como vai ficar para armazenar a produção nova e de outras culturas. Vamos ter de alugar mais armazéns, mas está difícil, diz Rubens Sales, gerente da divisão de unidades da Copacol.

Fonte: BCA Arobusiness

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Fazenda faz mudanças em legislação de operações com trigo

Tendo em vista a implementação do protocolo 184/09, o decreto nº 6.456 – publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (09) – altera o Regulamento do ICMS relativo a operações com trigo em grão e farinha de trigo. O acordo, firmado entre as regiões Norte e Nordeste, pretende harmonizar a tributação em transações com esses produtos.

O documento, no entanto, não traz grandes mudanças para os contribuintes. “As disposições continuam praticamente as mesmas, o que mudou prioritariamente foi a linguagem, buscando sistematizar melhor a matéria”, diz Mário Alberto de Alencar Souza, da Gerência de Legislação e Estudos Tributários da Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Segundo ele, uma das poucas inovações é a obrigação, prevista para os moinhos, de fornecer ao Estado um formulário eletrônico detalhando as operações efetuadas com farinha de trigo para contribuinte de alagoas. O objetivo é permitir um melhor acompanhamento do imposto apurado.

Outra alteração trazida pelo decreto governamental publicado nesta quarta é que as filiais atacadistas de estabelecimentos moageiros também serão tratadas como substitutos tributários. “Antes apenas os próprios moageiros eram enquadrados no regime, com prazo até o mês seguinte para pagamento”, afirma Mário Alberto.
O gerente de Legislação e Estudos Tributários da Fazenda ainda ressalta que, além de ser uma tentativa para diminuir sonegação, isso objetiva também acabar com a concorrência desleal entre as empresas. “O recolhimento na fonte faz com que a competitividade seja mantida, evitando com que alguns paguem os impostos e outros não”, expõe ele.

Apesar das novidades, o ICMS cobrado em operações com as duas mercadorias permanece igual. Assim como as alíquotas – taxas empregadas sobre a base de cálculo para se chegar ao valor do tributo –, a carga tributária continua decorrente da aplicação dos percentuais de 34% (trigo em grão) e 31% (farinha de trigo) sobre o total da transação.

“Toda essa parte fiscal foi mantida de acordo com o que já estabelecia o protocolo 46/00, que foi apenas atualizado para abordar o tema de uma forma mais didática”, destaca Mário Alberto. São signatários do convênio Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio
Grande do Norte e Sergipe.

O gestor também ressalta que, como o acordo – discutido em dezembro de 2009, na cidade de Gramado (RS) – tem vigência a partir de 1º de janeiro de 2010, ficam regularizados todos os procedimentos adotados pelos contribuintes até esta data, desde que compatíveis com a nova regulamentação.

Todos os detalhes do decreto nº 6.456 podem ser conferidos nas páginas 06, 07 e 08 do Diário Oficial desta quarta-feira (09) ou, ainda, no site www.cepal-al.com.br. Para mais informações, basta entrar em contato com a Secretaria da Fazenda pelo número 0800-284-.

Fonte: Primeira Edição "Alagoas"

terça-feira, 8 de junho de 2010

Produção de trigo deve alcançar 5,2 milhões de toneladas em 2010, diz IBGE

A produção de trigo no Brasil em 2010 deve alcançar 5,2 milhões de toneladas, segundo o quinto Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), de maio, divulgado nesta terça, dia 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa queda de 8,2% em comparação com os dados de abril.

Conforme comunicado do instituto, a queda na produção de trigo é reflexo da inclusão da primeira avaliação da safra no Rio Grande do Sul, cuja produção esperada é 17,6% inferior à informação anterior. O Paraná, maior produtor nacional (57,5% da produção nacional), também reduziu a produção em 4,0%, em virtude da não efetivação dos plantios anteriormente previstos.

O trigo é a principal cultura de inverno no Brasil, cujo cultivo está concentrado na região Sul do país. Segundo o IBGE, outros produtos, como aveia e cevada, deverão registrar aumento na produção de, respectivamente, 24,9% e 3,1%.
Fonte: Clicrbs