sábado, 19 de março de 2011

Embrapa oferece opções para o plantio do trigo

Novas variedades serão utilizadas na próxima safra, cujo plantio começa a partir de abril na região Sul e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Brasília- A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, oferece novas variedades de trigo para a próxima safra. O cultivo começa a partir de abril na região Sul e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Em Santa Catarina e no Paraná, maior produtor nacional do grão, os produtores têm a opção de cinco cultivares cujas sementes são comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia. Na última safra, a mais plantada delas foi a BRS 220. Essa variedade apresenta ciclo médio e palha forte, pertence à classe Trigo Pão e tem melhor desempenho em ambientes de temperaturas amenas e de boa fertilidade. Em sistema de rotação de culturas, o rendimento é excelente com reduzida aplicação de fungicidas.
Utilizada pelos produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a BRS 208 é resistente às principais doenças do trigo, como a ferrugem da folha, as manchas foliares e os fungos. Apresenta qualidade industrial estável em diferentes ambientes e classifica-se como trigo Pão.
A BRS Pardela é uma boa opção para a produção do tradicional pão francês devido ao alto teor de glúten, tenacidade e estabilidade de farinha. Também pode ser utilizada na fabricação de massa. A BRS Pardela apresenta boa resistência a fungos e à ferrugem da folha, moderada resistência à brusone e às manchas foliares. É indicada para áreas de alta fertilidade, onde pode apresentar bom rendimento de grãos.
Outra variedade indicada para a fabricação de pão francês é a BRS Tangará, que tem resistência a fungos e à ferrugem da folha e apresenta melhor rendimento em locais com temperaturas mais amenas. Outra opção de cultivo para os agricultores é a BRS Albatroz, da classe Pão e com excelente potencial produtivo, lançada no ano passado em parceria com a Fundação Meridional.
Para o estado de São Paulo, a cultivar mais indicada é a BRS 210, também desenvolvida pela Embrapa, que apresenta porte baixo e adapta-se bem tanto em sistema de cultivo de sequeiro quanto em condições irrigadas.
No Rio Grande do Sul, segundo maior produtor brasileiro de trigo, a cultivar da Embrapa mais plantada na última safra foi a BRS Guamirim. Essa variedade caracteriza-se pelo porte baixo e grande número de espigas por metro quadrado. Classificada como Trigo Pão, é indicada para panificação industrial e mesclas de farinha.
Também da classe Pão, a BRS Tarumã serve tanto para produção de grãos, quanto para forragem voltada à alimentação animal. Por conta disso, é indicada para a integração lavoura-pecuária, principalmente leiteira.
Lançada no ano passado, a BRS 327 apresenta várias características de interesse do produtor, como produtividade e sanidade. A cultivar é resistente às principais pragas e doenças da cultura, como manchas foliares e ferrugem da folha.
A BRS 296 apresenta ciclo precoce, excelente sanidade e estabilidade produtiva, sendo classificada como Trigo Pão. Tanto ela como as variedades BRS Guamirim, BRS Tarumã e BRS 327 são comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia.|MA.
Fonte: Portal Fator Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

A qualidade da farinha de trigo

A qualidade da farinha está dieretamente relacionada com a qualidade do glúten. Glutén com qualidade e quantidade certa corresponde a farinhas  com estabilidade maior e por consequência pães com maior qualidade principalmente os de longa fermentação e os que levam uma carga muito grande de açucar e/ou  processos  industriais onde a farinha necessita de muita resistência a ação mecânica.
Quando falamos em força da farinha nos referimos ao W (que é medido em Jaules, força ), porem podemos ter um w alto (350 J) e não termos a estabilidade alta o que faz vir por terra o conceito de que farinhas fortes ou seja com W alto garantem pães de qualidade. Uma farinha com qualidade e quantidade de glutén correta e um W alto podem nos dar uma boa ideia de estabilidade e consequentemente uma garantia melhor na qualidade do produto acabado.
Fonte: Tecnologia e processamento do trigo