quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estoques Mundiais de Trigo

                                                  Click na figura para ampliá-la
Fonte: Abitrigo

Produção x Qualidade


Produção – A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, está prevista em 5.146,4 mil toneladas, 12,5% menor do que foi colhido na safra anterior, quando a produção alcançou 5.881,6 mil toneladas. Este número pode variar conforme as condições climáticas que ocorrerem até o final do ciclo da cultura, cuja colheita deve ser encerrada em novembro.

Qualidade do produto colhido – O mercado de trigo demanda por produto de boa qualidade para a panificação. Por isso os produtores estão procurando cultivar variedade tipo pão e trigo melhorador, para atender esta demanda bastante seletiva. Em conseqüência, e com ajuda do clima, teremos nesta safra a colheita de trigo de ótima qualidade. Na safra passada já ocorreram melhoras significativas e para esta, o resultado
poderá ser melhor. Os produtores gaúchos buscaram sementes de melhor qualidade no mercado paranaense, onde está prevista a redução de área para esta safra.
Fonte: Conab

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Segundo O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), uma nova variedade IAC, do tipo melhorador, apresenta potencial produtivo em torno de seis mil quilos por hectare, enquanto as outras em uso no estado de São Paulo produzem cerca de três mil – exceto o IAC 370 que tem rendimento idêntico ao Mojave, de acordo com o pesquisador do IAC, João Carlos Felício. “Esses resultados podem variar de acordo com a região e as condições de clima e solo, mas em condições ideais o produtor consegue atingir esses valores”, explica. A nova cultivar apresenta ainda espigas grandes e alto potencial de inflorescência, responsável pela geração dos grãos.

A aplicação de defensivos nas lavoras do IAC 385 Mojave pode ser reduzida em pelo menos 30%. Isso porque a variedade possui moderada resistência à ferrugem da folha, às manchas foliares causadas por helmintoporiose e à brusone. As três são consideradas as principais doenças do trigo. “Geralmente, o produtor faz de duas a três aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras. Com essa moderada resistência, são necessárias apenas duas pulverizações. Isso em condições propícias de clima e solo”, explica o pesquisador.
O IAC 385 Mojave é utilizado para fabricação de pães especiais — como pão de forma e panetone — e para melhorar outras farinhas de qualidade inferior. A nova cultivar também tem alto potencial para coloração branca – um atrativo para os moinhos.
A variedade possui porte baixo, de 85 a 90 centímetros, e moderada resistência ao acamamento, responsável por fazer as plantas caírem, impedindo a colheita por máquinas. É resistente ainda à debulha natural e possui ciclo médio, variando de 130 a 140 dias, possibilitando ao agricultor plantar diversas variedades para colher em períodos diferentes.
O cultivo está recomendado para a região de Capão Bonito, no sudoeste paulista. A expectativa é que no próximo ano se estenda também para a região de Assis. As sementes da nova variedade estão sendo produzidas e devem estar disponíveis aos produtores em 2012.
Fonte.: AgroValo

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Noticias sobre o mercado do trigo Agosto /2011


O levantamento da safra de trigo divulgado nas primeiras semanas de agosto  mostraram um volume de produção aquém da colhida no ano safra 2010/11 da ordem de 10,2%, correspondente a 598 mil toneladas a menos. Esse resultado deve-se ao recuo da área plantada de 3,2% e às recentes geadas e chuvas nas zonas de produção da região Sul.
O Estado do Paraná, maior produtor brasileiro, é responsável por essa queda acentuada com 20,9% de redução saindo de 3,3 para 2,6 milhões de toneladas, 691 mil toneladas a menos com relação à safra passada. Por outro lado o Rio Grande do Sul teve um crescimento de área de 9,4% e a produção deverá ultrapassar 2,1 milhões de toneladas com acréscimo de 7,7%. À exceção do Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul houve recuo de produção em todas as áreas de cultivo, conforme a tabela seguinte.
Particularmente com relação ao Estado Gaúcho existe grande expectativa quanto à qualidade do produto a ser colhido tendo em vista o trabalho desenvolvido junto aos produtores no sentido de se plantar cultivares com maior possibilidade de obter trigo com Força de Glútem, Falling Number e Estabilidade requisitadas pela indústria moageira e pelo mercado externo. Considerando o estágio da cultura, as geadas no Estado mencionado não afetaram as lavouras e em muitas delas até foram benéficas. A persistir o clima favorável e caso não ocorram chuvas na época da colheita aguarda-se uma boa produtividade e qualidade podendo até superar a atual estimativa de produção prevista para o Estado. A estimativa do USDA divulgada nessa semana mostra que a Rússia e Ucrânia produzirão 18,9 milhões de toneladas a mais que na safra passada que foi afetada por problemas climáticos. Com isso suas exportações evoluirão de 8 milhões para 25 milhões de toneladas, com a agravante de que para retomar o mercado perdido, inclusive para o Brasil, os preços estão sendo praticados muito abaixo dos praticados pelos concorrentes.

Nesse contexto as exportações brasileiras previamente contratadas para entrega em dezembro/11 com volume estimado de 400 mil toneladas foram renegociadas em uma operação denominada wash out restando, apenas, 200 mil toneladas. O Brasil ocupou o espaço de mercado deixado por esses dois grandes produtores e exportadores tendo vendido ao exterior 2,5 milhões de toneladas e tornando-se o nono maior exportador mundial da commoditie. Entretanto, deve-se considerar que o trigo produzido nesses países não possui alto teor de proteína como demandado por grande número de consumidores e que as estimativas de
produção nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Argentina, grandes supridores do mercado internacional, são bem menores e seus estoques encontram-se em redução contínua a partir da safra 2009/10. Os números divulgados foram suficientes para provocar aumentos significativos das cotações no mercado futuro das bolsas de Paris, de Kansas e de Chicago, logo após a divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Essa reação de preços também recebeu suporte da queda na estimativa de produção de milho no País. A redução na disponibilidade de trigo de alto teor de proteína também preocupa e ajuda a manter os preços acima dos observados no primeiro semestre de 2011. Outro fato que deve ser reportado refere-se a anomalia que se observa de uma inversão da tendência histórica em que a cotação do milho está mais alta que a do trigo, causando alteração nas estratégias de negociação de commodities, mudando a forma
como os produtores de carne, alimentam seus animais. Os produtores de frango nos Estados Unidos estão adicionando mais trigo na ração de suas aves, assim como os produtores de suínos, gado e etanol que também estão usando trigo como complemento ao milho. O quadro de suprimento e uso de trigo no Brasil exposto abaixo retrata que o ano safra 2010/11, recentemente findo em 31 de julho, virou com estoque de passagem de 1.766,1 mil toneladas. Desse total 875 mil toneladas são de propriedade do Governo e
equivalem à demanda do País para suprir um mês de consumo. O volume restante compreende produto em mãos de cooperativas, produtor e em moinhos, tanto de produto nacional como de importado.
A presença brasileira como exportadora de trigo trouxe um grande alento aos triticultores brasileiros, principalmente do Rio Grande do Sul, que veem nas exportações do cereal outro fator de geração de riqueza e, conseqüentemente, de combate a pobreza na área rural da Região Sul. Saliente-se que as recentes exportações foram responsáveis pela geração de divisas de 744 milhões de dólares na economia brasileira, enquanto as importações de 5,2 milhões de toneladas, no mesmo período, queimaram divisas de 1,55 bilhão de dólares, Esses números quantificam os benefícios gerados com a atividade exportadora sem citar as externalidades positivas geradas pela produção de inverno na economia regional.
     Estima-se que a moagem industrial no período 2011/12, em relação ao anterior, seja maior em 2,0%, que as importações cresçam em 2,2%, as exportações reduzidas para 900 mil toneladas e o consumo interno acrescido em 1,8%. Dessa forma, o estoque de passagem em julho de 2012 poderá ser 8,4% menor que do ano safra recentemente encerrado. Fonte: Conab


domingo, 4 de setembro de 2011

IAC lança variedade de trigo com o dobro de produtividade e redução de 30% na aplicação de defensivos agrícolas


A variedade IAC 385 Mojave será lançada nesta quinta-feira, 1º de setembro, na XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno.
Quem come o tradicional pãozinho no café da manhã e todos os outros alimentos à base de farinha de trigo durante o dia, talvez não imagine todo o trabalho existente na cadeia de produção desse cereal. Na base do processo está a pesquisa científica, que requer cerca de 16 anos para desenvolver uma nova variedade, resistente a doenças, com alto valor produtivo e farinha de cor branca e alta qualidade a. Para diversificar e disponibilizar variedades com características cada vez melhores ao agricultor, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, lança nesta quinta-feira, 1º de setembro de 2011, o trigo IAC 385 Mojave. O lançamento será durante a XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno, realizada no Polo Regional Sudoeste Paulista da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em Capão Bonito, interior paulista.
A nova variedade IAC do tipo melhorador apresenta potencial produtivo em torno de seis mil quilos por hectare, enquanto as outras em uso no Estado de São Paulo produzem cerca de três mil, exceto o IAC 370 que tem rendimento idêntico ao Mojave, de acordo com o pesquisador do IAC, João Carlos Felício. “Esses resultados podem variar de acordo com a região e as condições de clima e solo, mas em condições ideais o produtor consegue atingir esses valores”, explica Felício. A nova variedade IAC apresenta ainda espigas grandes e alto potencial de inflorescência – responsável pela geração dos grãos. “Eles apresentam bom peso de mil grãos (55 gramas)”, diz.
A aplicação de defensivos agrícolas nas lavoras do IAC 385 Mojave pode ser reduzida em pelo menos 30%. Isso porque a nova variedade possui moderada resistência à ferrugem da folha, às manchas foliares causadas por helmintoporiose e à brusone. As três são consideradas as principais doenças do trigo. “Geralmente o produtor faz de duas a três aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras. Com essa moderada resistência, são necessárias apenas duas pulverizações. Isso em condições propícias de clima e solo”, explica o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O IAC 385 Mojave tem características de trigo melhorador e é utilizado para fabricação de pães especiais — como pão de forma e panetone — e para melhorar outras farinhas de qualidade inferior. De acordo Felício, são três os tipos de farinhas existentes: tipo melhorador, tipo pão e outros usos – estes para consumo doméstico. “O que determina a qualidade da farinha é a quantidade de glúten, ou seja, a proteína expressa no teor de glúten úmido, e a força de estabilidade da massa (W). O IAC 385 Mojave apresenta 31% de glúten úmido, o que é muito bom e confere estabilidade da massa, no mínimo, de 14 minutos”, explica o pesquisador.
A força de glúten e a estabilidade correspondem ao tempo em que a farinha resiste nas máquinas para o processo de fabricação do pão, por exemplo. “Se os grãos de trigo não têm essa característica, quando forem bater a massa para fazer alguma receita, ela vai ficar elástica, parecendo um chiclete e isso não é bom para o resultado final do produto, pois o miolo do pão apresenta muita umidade”, afirma.
De acordo com o pesquisador, a cor branquinha do miolo do pão atrai o consumidor final e, consequentemente, os moinhos, que compram mais rapidamente em razão da preferência por farinhas com coloração branca. A nova variedade do IAC possui também esta característica. O aparelho que classifica a cor, chamado Minolta, registra variações de zero (cor preta) a 100 (cor branca). O IAC 385 Mojave tem classificação 94, o que lhe garante alto potencial para coloração branca. “Entre 92 e 94 na escala, o trigo é branco, menos que isso a farinha já é um pouco avermelhada. Desconheço uma variedade no mercado que esteja acima desse valor atingido pelo IAC 385 Mojave”, ressalta. A aparência da farinha de trigo tem relação direta com a comercialização.
Desenvolvida para colheita mecanizada – que corresponde ao método utilizado em quase 100% dos trigais – a variedade possui porte baixo, de 85 cm a 90 cm, e moderada resistência ao acamamento, responsável por fazer as plantas caírem, impedindo a colheita por máquinas. O IAC 385 Mojave é também resistente à debulha natural. “É uma característica do trigo debulhar antes da colheita. Quando a espiga seca e a temperatura está alta, os grãos secam e caem, isso ocorre principalmente com a força da colheitadeira. Os grãos não conseguem ficar na planta, o que causa perda de produção para o agricultor”, explica Felício.
O novo material IAC tem ciclo médio, variando de 130 a 140 dias, possibilitando ao agricultor plantar diversas variedades para colher em períodos diferentes. “De cada 20 hectares que se planta em um dia, se colhe dez no mesmo período. Isso acontece porque o período do dia propício para a colheita é das 10h às 18h, depois disso, o grão umedece e a máquina não consegue bater. Por isso é necessário que o produtor plante variedades com ciclos diferentes para conseguir colher com maior facilidade”, afirma.
O cultivo está recomendado para a região de Capão Bonito, no Sudoeste Paulista. A expectativa é que no próximo ano se estenda também para região de Assis, no Médio Paranapanema. As sementes da nova variedade estão sendo produzidas e devem ser disponibilizadas aos produtores em 2012. A pesquisa teve o auxílio do Polo Regional Sudoeste Paulista e Polo Regional Médio Paranapanema, ambos pertencentes à APTA.
Produção- São Paulo é hoje o quarto Estado que mais produz trigo no País, com produção em torno de 250 a 300 mil toneladas e possui 45 mil hectares plantados. O Brasil é o segundo País que mais importa o grão, ficando atrás somente do Egito. “Consumimos 10 milhões de toneladas de trigo e produzimos apenas cinco milhões. Importamos principalmente de países como Argentina, Paraguai e Uruguai”, diz o pesquisador do IAC.
De acordo com Felício, o Brasil já produziu mais esse grão, considerado a base para alimentação. A explicação está na exigência de alta tecnologia. “O sucesso de uma produção não depende só das variedades cultivadas, mas também da forma como colhe, seca, armazena e comercializa”, afirma.
Evento- A XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno será realizada em Capão Bonito, no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista, nesta quinta-feira, 1º de setembro de 2011, a partir das 8h30. O evento tem como público-alvo produtores rurais, engenheiros agrônomos, pesquisadores e demais interessados no cultivo de cereais de inverno.
Além do lançamento da variedade de trigo IAC 385 Mojave, o encontro terá palestra sobre os resultados das avaliações de genótipos de trigo no Estado de São Paulo em 2010, apresentada pelo pesquisador do Polo APTA Sudoeste Paulista, Edison Ramos Júnior, adubação versus qualidade industrial proferida pelo pesquisador do IAC, João Carlos Felício, o cultivo de cevada cervejeira em São Paulo e a regulamentação técnica do trigo.
.[ XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno, de 1º/09/2011, a partir das 8h30, no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista - Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado, SP 250, km 232 (Capão Bonito/Guapiara)]. Mais informações: (15) 3542-1310, (15) 3542-1708, ou pelo e-mail: polosudoestepaulista@apta.sp.gov.br .

Fonte: www.revistafator.com.br