segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Limite de micotoxinas já está em vigor para os moinhos

A partir deste mês de janeiro, os moinhos só podem utilizar trigo que esteja enquadrado nos limites máximos de micotoxinas estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Entre essas micotoxinas, está a DON (Desoxinivalenol).
De acordo com a Resolução no 7, de 18 de fevereiro de 2011, o limite para o trigo é de 2.000 microgramas/kg. Para a farinha de trigo, o teto é de 1.750 microgramas/kg. Em 2014, esses limites deverão sofrer nova redução e, além da indústria de processamento, também o produtor passará a ser penalizado se o trigo que colocar no mercado superar os limites da lei.
Para evitar a exposição ao risco, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO) recomendou a seus associados que incluam em seus contratos de compra de trigo, nacional ou importado, o certificado que garanta que o cereal tenha uma quantidade de DON inferior a 2.000 microgramas/kg.
A resolução da ANVISA, para a ABITRIGO, é uma medida de prevenção, na linha da saudabilidade, defendida pela entidade que reúne os moinhos.

Fonte. : ABITRIGO

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Panificação deve crescer mais de 10% em 2012

Com vendas de R$ 62,99 bilhões, o setor de panificação registrou um crescimento de 11,9% em 2011. A expectativa é de uma evolução também superior a 10% para 2012.
A informação é de Alexandre Pereira, presidente da ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação). O setor responde por 55% do consumo brasileiro de trigo.
Segundo Alexandre, a saudabilidade – bandeira também defendida pela ABITRIGO (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) – é um dos caminhos para aumentar o consumo e sustentar o crescimento do setor, que vem se mantendo em dois dígitos nos últimos cinco anos.
“Nos últimos cinco anos, o consumo de pães no Brasil tem girado em torno de 33 quilos per capita ao ano, o que equivale a 1,5 pão por dia”, informa o presidente da ABIP. Esse volume, segundo ele, é bastante inferior ao de países europeus e de alguns vizinhos, como Argentina, que consome 76 quilos per capita, e Chile, com cerca de 90 quilos. Está abaixo, também do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 60 quilos.
Uma das iniciativas para estimular o consumo, segundo ele, são dois projetos que tramitam no Congresso Nacional e que têm por objetivo desonerar o pão francês dos impostos federais. “Essa desoneração pode reduzir o preço do produto em até 5%”, afirma Alexandre.

Fonte.: ABITRIGO

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NOVA CLASSIFICAÇÃO DE TRIGO


Estabelecido através da Instrução Normativa nº 38, de 30/11/2010, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) um novo padrão oficial de classificação do trigo brasileiro vai entrar em vigor em julho de 2012. No Paraná, o plantio da nova safra de trigo começará em 11 de março de 2012 se estendendo até julho. A colheita vai de julho até dezembro e já deverá atender os requisitos da nova classificação.
O trigo foi dividido em cinco classes: melhorador, pão, doméstico, básico e outros usos. A classe "trigo brando" foi excluída com a entrada das novas classes doméstico e básico. O trigo destinado à moagem é classificado em classes e tipos.
Os principais requisitos de qualidade do trigo por classe são definidos em função de:
- Força do Glúten (W): está relacionada ao processo de fermentação da panificação. Na farinha de trigo o glúten forma uma rede que retém os gases produzidos na fermentação e sustenta o crescimento da massa;
- Estabilidade: ligada as propriedades de mistura da massa (quanto a massa de farinha de trigo e água resiste ao amassamento), sendo o valor expresso em segundos;
- Número de Queda ou Falling Number: Na prática indica o grau de germinação dos grãos de trigo. A presença de pequena parcela de trigo germinado prejudica todo o lote. Os lotes com atividade enzimática muito alta tem número de queda baixo tornando a massa pegajosa e reduzindo a qualidade. A indústria preconiza para a panificação número de queda igual ou superior a 250 segundos.
O trigo, para ser enquadrado na Classe Melhorador, deve atender os valores mínimos estabelecidos para Força do Glúten, Estabilidade e Número de Queda.
E para ser enquadrado em uma das demais classes (pão, doméstico ou básico), deve atender os correspondentes valores mínimos estabelecidos para Número de Queda e Força do Glúten ou Estabilidade.
Os principais requisitos de classificação física por tipo são definidos em função de:
- Peso Hectolitro (PH): a massa de 100 litros de trigo, expressa em quilogramas. Lotes-padrão giram em torno de 78 kg/hl. Todos os fatores adversos à lavoura fazem baixar o PH. A obtenção de PH alto significa maior rendimento em farinha na moagem, grãos mais cheios e que o plantio evoluiu bem. No entanto, o PH precisa ser combinado com o sucesso no resultado dos outros requisitos de qualidade para resultar num trigo mais valorizado;
- Limites máximos de tolerância de defeitos: indica os limites máximos aceitáveis de matérias estranhas, impurezas e de defeitos como ardidos e chocos.
As exigências da nova classificação ficaram maiores com o objetivo de aumentar a qualidade do trigo que chega aos moinhos e devem influenciar a escolha das variedades de sementes, as técnicas de manejo e principalmente a segregação do produto.
O consumo anual de trigo no Brasil é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, dos quais 55% têm como destino a indústria de panificação, o que exige trigo da classe pão, com força de glúten (W) superior a 220 e inferior a 300 ou estabilidade farinográfica maior que dez minutos, um dos requisitos mínimos para a fabricação do pãozinho francês. O valor mínimo da força de glúten para o enquadramento na classe pão passou de 180 para 220.
O novo padrão de classificação serve principalmente para definir os critérios de qualidade do trigo nas políticas públicas de apoio à comercialização do governo federal previstas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) como as Aquisições do Governo Federal (AGF) e leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP).
Fonte: ABITRIGO