quinta-feira, 19 de julho de 2012

Clima seco impulsiona preço do trigo

O clima seco continua preocupando produtores dos grandes países ofertantes de trigo e, por consequência, elevando os preços do grão em todo o mundo. A estiagem persiste no Meio-Oeste dos Estados Unidos, na Austrália, no Cazaquistão, na Rússia e na China. Nesta semana, os contratos futuros de trigo nas duas principais Bolsas norte-americanas atingiram o maior valor do ano.

Além da possível quebra da safra de trigo, as altas dos preços refletem também preocupações com a oferta de milho nos Estados Unidos igualmente impactada pelo clima seco no Meio-Oeste – o que aumenta a demanda por trigo. Na Argentina, deve haver recuo de safra pelo segundo ano consecutivo, o que está elevando as cotações FOB porto de Buenos Aires. No Brasil, as cotações domésticas também seguem firmes, conforme indicam dados do Cepea.

Além da maior paridade de importação, as expressivas altas nos preços da soja e do milho também têm dado sustentação para o trigo no mercado interno. Pesquisadores do Cepea comentam que o mercado de derivados também segue em alta, absorvendo as valorizações da matéria-prima.


Fonte.: Agronotícias 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Receita Federal desmonta esquema de importação irregular de trigo


Fiscais da Receita Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, desmontaram um esquema de importação ilegal de farinha de trigo, proveniente da Argentina. A Operação Moinho de Vento foi realizada na sexta-feira (13), mas os resultados só foram divulgados nesta segunda-feira (16). As investigações dos fiscais apontaram que foram sonegados R$ 2,3 milhões em impostos, durante um ano e meio.
Durante a operação, os fiscais apreenderam 1.7 mil toneladas de farinha de trigo irregulares, equivalente a 60 carretas do produto.
Quatro empresas de Foz do Iguaçu são suspeitas de participar do esquema, que era operado por meio de uma empresa de importação de Itajaí, no litoral de Santa Catarina. Conforme a RF, a compra do trigo era negociada diretamente pelas empresas paranaenses. Cabia à importadora, “emprestar” o nome para que elas pudessem realizar as transações. Para isso, a empresa catarinense recebia uma comissão.
As investigações apontaram que as reais importadoras usavam esse esquema porque não tinham habilitação específica para promover esse volume de operações no sistema que controla o comércio exterior no Brasil. De 2011 até julho de 2012, as importadoras da fronteira compraram em torno de R$ 29 milhões em farinha. Isso corresponde a R$ 26 milhões a mais do que poderiam importar legalmente.A RF informou que além de perder a farinha e da penalidade de multa de 10% sobre o valor das operações para a importadora catarinense, os responsáveis ficarão sujeitos a responder pelos crimes de falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Fonte: g1.globo.com