sábado, 12 de junho de 2010

Encerra o plantio de trigo irrigado e começa a colheita do trigo de sequeiro

Encerrou na sexta-feira (11.06) o plantio do trigo irrigado no município de Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá), na fazenda Possamai. O coordenador do Programa de Apoio a Cultura do Trigo (Protrigo) e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro, relata que foram instaladas seis Unidades Demonstrativas (UD) de trigo irrigado em Primavera do Leste, Alto Garças e Lucas do Rio Verde. Nesse plantio, o acompanhamento da produção é feito com a utilização de 11 variedades adaptadas no Estado de Mato Grosso para estudar a sustentabilidade do trigo em nível comercial. E na próxima semana (14.06), começa a colheita do trigo de sequeiro.

Paro ressalta que na Fazenda Três Pinheiros, em Lucas do Rio Verde, nesta safra foram plantados 230 hectares de trigo irrigado, sendo a primeira área comercial do ano no Estado. Ele informa que o trigo serve como cultura para manejo do solo (rotação de cultura) e reduz a ocorrência de pragas, doenças e invasoras de folhas largas de difícil controle na soja e de fácil controle com o uso dos herbicidas do trigo. Salienta também que o irrigado tem apresentado respostas positivas com uma produtividade entre 70 a 75 sacas por hectare, inclusive com uma qualidade de grão comparado aos melhores trigos importados.

Os materiais genéticos são provenientes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Cooperativa do Vale do Paranaíba em Minas Gerais. As variedades IAC 350, BR 18, Aliança, BRS Guamirim, BRS 208, BRS 254, BRS 264 e Brilhante são testados para trigo de sequeiro e irrigado. Conforme pesquisa, a BRS Guamirim e 208 estão em fase inicial no Estado e a BR 18 continua sendo o material de grande potencial com tolerância à doença bruzone e a variedade IAC 350, que apresenta boa adaptação climática, é a mais indicada para produção de massas, em especial de macarrão.

Em Alto Taquari (479 km ao Sul da Capital), começa a colheita do trigo de sequeiro. Hortêncio fala que ao contrário do ano passado, onde choveu todos os meses de 2009, houve um forte veranico com mais de 25 dias, principalmente no mês de abril e maio, prejudicando a produtividade do trigo de sequeiro e do milho safrinha. “Acredito que houve uma perda devido à estiagem e haverá naturalmente uma redução na produtividade. Após a colheita, nas próximas semanas teremos uma noção da queda”, explica hortêncio.

No Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), no campus do Distrito de São Vicente foi implantado um trabalho de pesquisa para estudar a melhor época de plantio do trigo de sequeiro. Para observar o potencial do trigo de sequeiro foram instaladas quatro Unidades de Observação (UO), nos municípios de Alto Taquari, Tangará da Serra, Campo Verde e campo experimental do IFMT.

Fonte: 24Horas News - Cuibá MT

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