sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Seca afeta 100% da área de trigo das Grandes Planícies nos EUA



O boletim semanal de acompanhamento da seca nos Estados Unidos confirmou nesta quinta-feira (1/11) que a estiagem continua sendo um grande problema para a região das Grandes Planícies. A questão havia sido indicada no relatório semanal de acompanhamento de safra divulgado na quarta-feira pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) sobre o trigo de inverno. 
De acordo com o boletim, a proporção da região Meio-Oeste, incluindo o Estado de Iowa e pontos do leste, que enfrenta algum grau de seca, caiu de 82% para 75% desde a semana passada. Enquanto isso, 100% da área das Grandes Planícies, que se estende de Dakota ao Kansas, está sendo afetada pela estiagem, em diferentes graus. A porcentual dessa região que se encontra em situação de seca extrema chega a 57%. 

O clima seco que afeta a região está prejudicando as plantações de trigo de inverno, segundo o USDA: apenas 40% foram classificadas como boas a excelentes na semana que terminou no domingo, ante 46% no mesmo período do ano passado. 




Fonte.:http://revistagloborural.globo.com

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Clima seco impulsiona preço do trigo

O clima seco continua preocupando produtores dos grandes países ofertantes de trigo e, por consequência, elevando os preços do grão em todo o mundo. A estiagem persiste no Meio-Oeste dos Estados Unidos, na Austrália, no Cazaquistão, na Rússia e na China. Nesta semana, os contratos futuros de trigo nas duas principais Bolsas norte-americanas atingiram o maior valor do ano.

Além da possível quebra da safra de trigo, as altas dos preços refletem também preocupações com a oferta de milho nos Estados Unidos igualmente impactada pelo clima seco no Meio-Oeste – o que aumenta a demanda por trigo. Na Argentina, deve haver recuo de safra pelo segundo ano consecutivo, o que está elevando as cotações FOB porto de Buenos Aires. No Brasil, as cotações domésticas também seguem firmes, conforme indicam dados do Cepea.

Além da maior paridade de importação, as expressivas altas nos preços da soja e do milho também têm dado sustentação para o trigo no mercado interno. Pesquisadores do Cepea comentam que o mercado de derivados também segue em alta, absorvendo as valorizações da matéria-prima.


Fonte.: Agronotícias 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Receita Federal desmonta esquema de importação irregular de trigo


Fiscais da Receita Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, desmontaram um esquema de importação ilegal de farinha de trigo, proveniente da Argentina. A Operação Moinho de Vento foi realizada na sexta-feira (13), mas os resultados só foram divulgados nesta segunda-feira (16). As investigações dos fiscais apontaram que foram sonegados R$ 2,3 milhões em impostos, durante um ano e meio.
Durante a operação, os fiscais apreenderam 1.7 mil toneladas de farinha de trigo irregulares, equivalente a 60 carretas do produto.
Quatro empresas de Foz do Iguaçu são suspeitas de participar do esquema, que era operado por meio de uma empresa de importação de Itajaí, no litoral de Santa Catarina. Conforme a RF, a compra do trigo era negociada diretamente pelas empresas paranaenses. Cabia à importadora, “emprestar” o nome para que elas pudessem realizar as transações. Para isso, a empresa catarinense recebia uma comissão.
As investigações apontaram que as reais importadoras usavam esse esquema porque não tinham habilitação específica para promover esse volume de operações no sistema que controla o comércio exterior no Brasil. De 2011 até julho de 2012, as importadoras da fronteira compraram em torno de R$ 29 milhões em farinha. Isso corresponde a R$ 26 milhões a mais do que poderiam importar legalmente.A RF informou que além de perder a farinha e da penalidade de multa de 10% sobre o valor das operações para a importadora catarinense, os responsáveis ficarão sujeitos a responder pelos crimes de falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Fonte: g1.globo.com


terça-feira, 5 de junho de 2012

Como economizar no trigo



Segundo Embrapa Trigo-RS, a lavoura de trigo tem um nível de incerteza maior do que as culturas de verão, o planejamento é fundamental para aliar rendimento à rentabilidade. É preciso considerar fatores promotores do rendimento de forma equilibrada com fatores protetores da lavoura, visando sempre o retorno financeiro do produtor. O alerta é da Embrapa Trigo.
No momento em que começa a semeadura do trigo no Rio Grande do Sul, o produtor pode ficar confuso com a grande oferta de cultivares, herbicidas, fungicidas, fórmulas milagrosas para adubação e garantia de qualidade final pelos obtentores e até por “São Pedro”. A escolha da cultivar vai definir grande parte do conjunto de insumos a ser utilizado, já que algumas cultivares demandam mais adubo, mais fungicidas ou mesmo um redutor de crescimento. Assim, fica definido também como será o manejo da lavoura e o tamanho do investimento. Para identificar a melhor opção, o produtor deve conhecer o potencial produtivo da região, as cultivares mais adaptadas, o histórico da propriedade e do clima. “O conselho é não errar na hora de economizar na lavoura de trigo. Não adianta economizar na compra de sementes certificadas, reduzir adubação e manter três aplicações de fungicida. Se o produtor reduzir o potencial da lavoura, não vai adiantar tentar proteger este potencial que já está limitado”, explica o pesquisador João Leonardo Pires. Segundo ele, em caso de necessidade de fazer economia é melhor reduzir a área, mas manter um nível mínimo de tecnologia para assegurar o retorno.
Equilíbrio nas contas
O trigo exige um mínimo de tecnologia para ser produzido, mas práticas promotoras e protetoras da lavoura precisam ser avaliadas de acordo com o retorno econômico que proporcionam. Produtividade nem sempre se traduz em lucro no trigo, enquanto que rendimentos acima da média geralmente são resultado do alto investimento em insumos. “É importante manter um equilíbrio das contas agora, na implantação da lavoura. Muitas vezes é mais vantajoso para o produtor assumir um teto de rendimento menor, mas com boa rentabilidade”, orienta João Leonardo Pires.
A calendarização de aplicações nas lavouras tem tornado, muitas vezes, o controle de pragas e doenças uma receita única, contrária às boas práticas agrícolas e onerando o custo da lavoura. Somente os fungicidas representam de 8 a 12% do custo total no trigo. “Muitas cultivares tem boa resistência a doenças e poderiam manter o nível de rendimento de grãos mesmo com o uso mais racional de fungicidas. O que temos visto são aplicações calendarizadas, nem sempre necessárias”, explica Pires.
Manejo e ambiente
“Para fazer manejo é preciso conhecer a cultura”, determina o pesquisador da Embrapa Trigo, Osmar Rodrigues. Na opinião do pesquisador, o produtor e, principalmente, a assistência técnica, precisa saber como acontece o crescimento e o desenvolvimento do trigo na sua região, os fatores limitantes e promotores da cultura. “Nós esgotamos a fase de aumentar a produtividade através de insumos, via componentes químicos que representam apenas 5% da estrutura da planta. Precisamos manejar os componentes orgânicos da planta, interferindo em recursos como luz, solo, temperatura, água ou nutrição. “A biologia das plantas não pode ser traduzida em números. Nós calendarizamos todas as práticas e esquecemos de ficar atentos ao ambiente”, diz Rodrigues.
Conforme os pesquisadores da Embrapa, o melhoramento genético evoluiu muito ao longo dos anos, mas o ganho com esse aprimoramento depende, fundamentalmente, do manejo da lavoura. “A escolha da cultivar é importante, mas a época de semeadura, adubação equilibrada, controle de pragas e doenças compõem o conjunto de fatores que vão definir a qualidade final do trigo”, afirma João Leonardo Pires, concluindo que “não é difícil produzir trigo. Basta seguir conceitos básicos, bem aplicados”.
Por que plantar trigo:
  • Mais de 5 milhões de hectares de área ociosa no inverno;
  • Oportunidade de 2 a 3 safras no ano;
  • Aproveitamento do maquinário e mão-de-obra;
  • Conservação do solo;
  • Aumento da produtividade da cultura de verão em até 500 kg/ha.

    Fonte: http://www.cnpt.embrapa.br/
  

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Limite de micotoxinas já está em vigor para os moinhos

A partir deste mês de janeiro, os moinhos só podem utilizar trigo que esteja enquadrado nos limites máximos de micotoxinas estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Entre essas micotoxinas, está a DON (Desoxinivalenol).
De acordo com a Resolução no 7, de 18 de fevereiro de 2011, o limite para o trigo é de 2.000 microgramas/kg. Para a farinha de trigo, o teto é de 1.750 microgramas/kg. Em 2014, esses limites deverão sofrer nova redução e, além da indústria de processamento, também o produtor passará a ser penalizado se o trigo que colocar no mercado superar os limites da lei.
Para evitar a exposição ao risco, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO) recomendou a seus associados que incluam em seus contratos de compra de trigo, nacional ou importado, o certificado que garanta que o cereal tenha uma quantidade de DON inferior a 2.000 microgramas/kg.
A resolução da ANVISA, para a ABITRIGO, é uma medida de prevenção, na linha da saudabilidade, defendida pela entidade que reúne os moinhos.

Fonte. : ABITRIGO

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Panificação deve crescer mais de 10% em 2012

Com vendas de R$ 62,99 bilhões, o setor de panificação registrou um crescimento de 11,9% em 2011. A expectativa é de uma evolução também superior a 10% para 2012.
A informação é de Alexandre Pereira, presidente da ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação). O setor responde por 55% do consumo brasileiro de trigo.
Segundo Alexandre, a saudabilidade – bandeira também defendida pela ABITRIGO (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) – é um dos caminhos para aumentar o consumo e sustentar o crescimento do setor, que vem se mantendo em dois dígitos nos últimos cinco anos.
“Nos últimos cinco anos, o consumo de pães no Brasil tem girado em torno de 33 quilos per capita ao ano, o que equivale a 1,5 pão por dia”, informa o presidente da ABIP. Esse volume, segundo ele, é bastante inferior ao de países europeus e de alguns vizinhos, como Argentina, que consome 76 quilos per capita, e Chile, com cerca de 90 quilos. Está abaixo, também do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 60 quilos.
Uma das iniciativas para estimular o consumo, segundo ele, são dois projetos que tramitam no Congresso Nacional e que têm por objetivo desonerar o pão francês dos impostos federais. “Essa desoneração pode reduzir o preço do produto em até 5%”, afirma Alexandre.

Fonte.: ABITRIGO

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NOVA CLASSIFICAÇÃO DE TRIGO


Estabelecido através da Instrução Normativa nº 38, de 30/11/2010, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) um novo padrão oficial de classificação do trigo brasileiro vai entrar em vigor em julho de 2012. No Paraná, o plantio da nova safra de trigo começará em 11 de março de 2012 se estendendo até julho. A colheita vai de julho até dezembro e já deverá atender os requisitos da nova classificação.
O trigo foi dividido em cinco classes: melhorador, pão, doméstico, básico e outros usos. A classe "trigo brando" foi excluída com a entrada das novas classes doméstico e básico. O trigo destinado à moagem é classificado em classes e tipos.
Os principais requisitos de qualidade do trigo por classe são definidos em função de:
- Força do Glúten (W): está relacionada ao processo de fermentação da panificação. Na farinha de trigo o glúten forma uma rede que retém os gases produzidos na fermentação e sustenta o crescimento da massa;
- Estabilidade: ligada as propriedades de mistura da massa (quanto a massa de farinha de trigo e água resiste ao amassamento), sendo o valor expresso em segundos;
- Número de Queda ou Falling Number: Na prática indica o grau de germinação dos grãos de trigo. A presença de pequena parcela de trigo germinado prejudica todo o lote. Os lotes com atividade enzimática muito alta tem número de queda baixo tornando a massa pegajosa e reduzindo a qualidade. A indústria preconiza para a panificação número de queda igual ou superior a 250 segundos.
O trigo, para ser enquadrado na Classe Melhorador, deve atender os valores mínimos estabelecidos para Força do Glúten, Estabilidade e Número de Queda.
E para ser enquadrado em uma das demais classes (pão, doméstico ou básico), deve atender os correspondentes valores mínimos estabelecidos para Número de Queda e Força do Glúten ou Estabilidade.
Os principais requisitos de classificação física por tipo são definidos em função de:
- Peso Hectolitro (PH): a massa de 100 litros de trigo, expressa em quilogramas. Lotes-padrão giram em torno de 78 kg/hl. Todos os fatores adversos à lavoura fazem baixar o PH. A obtenção de PH alto significa maior rendimento em farinha na moagem, grãos mais cheios e que o plantio evoluiu bem. No entanto, o PH precisa ser combinado com o sucesso no resultado dos outros requisitos de qualidade para resultar num trigo mais valorizado;
- Limites máximos de tolerância de defeitos: indica os limites máximos aceitáveis de matérias estranhas, impurezas e de defeitos como ardidos e chocos.
As exigências da nova classificação ficaram maiores com o objetivo de aumentar a qualidade do trigo que chega aos moinhos e devem influenciar a escolha das variedades de sementes, as técnicas de manejo e principalmente a segregação do produto.
O consumo anual de trigo no Brasil é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, dos quais 55% têm como destino a indústria de panificação, o que exige trigo da classe pão, com força de glúten (W) superior a 220 e inferior a 300 ou estabilidade farinográfica maior que dez minutos, um dos requisitos mínimos para a fabricação do pãozinho francês. O valor mínimo da força de glúten para o enquadramento na classe pão passou de 180 para 220.
O novo padrão de classificação serve principalmente para definir os critérios de qualidade do trigo nas políticas públicas de apoio à comercialização do governo federal previstas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) como as Aquisições do Governo Federal (AGF) e leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP).
Fonte: ABITRIGO

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Curso de Moleiro Júnior - Certrem

O Centro Regional de Treinamento em Moagem e Panificação Senador José Dias de Macêdo (Certrem), unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (SENAI/CE) localizada no Cais do Porto, recebe, até 31 de janeiro, inscrições para o curso de Moleiro Júnior. São ofertadas 24 vagas para a 30ª turma do curso.
A formação oferece conhecimentos técnicos específicos da indústria moageira e desenvolve habilidades para o desempenho das atividades, procurando incrementar a produtividade diante das exigências de um mercado altamente competitivo.
O público-alvo do curso são profissionais vinculados a um moinho que desejam obter a qualificação de moleiro júnior. Para a inscrição, o profissional deve ser indicado pelo moinho de trigo para participação na fase preparatória, com carga horária de 560 horas. Exigem-se idade mínima de 18 anos e certificado de conclusão do ensino médio. Além da fase preparatória, o curso possui fase escolar com carga horária de 692 horas. A taxa de inscrição é de R$ 80,00. O investimento total do curso de Moleiro Júnior é de R$ 8.992. O valor pode ser pago em duas parcelas. A fase preparatória será realizada de 19 de março a 15 de junho. A fase escolar vai de 31 de julho a 30 de novembro. Os interessados devem obter a ficha de inscrição no Certrem.

Fonte.: CERTREM-SENAI

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Trigo situação geral

 Situação geral – Nesta safra o produtor demorou a definir a área destinada ao trigo devido aos problemas de comercialização ocorridos nas safras anteriores, embora, no momento da semeadura os preços praticados no mercado já esboçavam alguma reação.
A semeadura da lavoura de trigo 2011 que compõe a safra 2011/12, foi concluída no mês de julho. Na maioria dos Estados produtores houve redução da área semeada e a concorrência com o milho segunda safra no Centro-Oeste e no Paraná teve colaboração significativa para o resultado. Apenas o Rio Grande do Sul apresentou um aumento mais significativo na área. O uso das variedades pão e melhorador tiveram participação destacada, passando de pouco mais de 35% semeados na safra anterior, para o patamar
acima de 90% na safra atual.  Em Santa Catarina a semeadura foi bastante lenta devido às condições climáticas, onde o excesso de chuvas atrapalhou o estabelecimento da lavoura.

Fonte.: Conab   


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Trigo brasileiro

A pesquisa vem trabalhando em melhoramento genético para ofertar variedades com maior qualidade e alta força de glúten, demandadas pelo mercado. Hoje a exigência é por trigo com força de glúten (W) entre 230 e 280, para uso na panificação e o Brasil produz trigo com W entre 180 e 300. Com a nova regra, o cereal precisará ter W mínimo de 220 para ser classificado como tipo pão, que representa 70% da demanda nacional.As variedades existentes hoje vão atender a 60% da demanda no Rio Grande do Sul por trigo com W superior. Quanto ao trigo brando, ele acredita que a tendência é de que passe a ser produzido sob encomenda. Para o pesquisador, o Paraná está preparado para conviver com as novas regras, pois 95% de sua produção já é de trigo pão.

Fonte.: www.economia.ig.com.br