domingo, 9 de maio de 2010

Conab confirma sinais de queda na área de trigo

A área plantada de trigo deverá sofrer uma "diminuição considerável" na temporada 2010/11, que para o cereal, uma das principais culturas de inverno do país, já começou. Em novo levantamento sobre a produção brasileira de grãos na safra 2009/10 divulgado na quinta-feira, a Conab alerta para a tendência, mas ressalva que ainda é difícil calcular o tamanho da queda porque a semeadura está em sua fase inicial.

Há algumas semanas, quando os técnicos da Conab foram a campo para o levantamento, o plantio de trigo já havia começado no Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Para o Estado do Centro-Oeste e para o Distrito Federal, a Conab projeta incrementos das áreas plantadas. E só. Em Santa Catarina, os sinais são de estabilidade, e para os demais Estados a expectativa é de queda.

Em 2009/10, o plantio de trigo ocupou 2,428 milhões de hectares no Brasil, 1,3% mais que em 2008/09, e a produção alcançou 5,026 milhões de toneladas, queda de 14,6%, por causa de adversidades climáticas. Conforme a Conab, ainda há produto colhido nas duas últimas temporadas à venda no mercado. O da safra 2009/10, particularmente, foi marcado pela baixa qualidade. Tanto que o país, um dos maiores importadores do cereal do planeta, até ampliou as exportações do produto ruim para a fabricação de rações em outros países.

Para a safrinha de inverno de milho de 2009/10, o relatório da Conab foi frio. A produção foi ajustada para 20,265 milhões de toneladas, pouco mais do que o estimado em abril e quase 17% acima de 2008/09. Uma safrinha "gorda" e também dependente dos instrumentos de apoio à comercialização do governo, já que o mercado segue adverso com a boa oferta.

No mais, tudo praticamente como antes. No total, a produção de grãos do país caminha a passos largos para confirmar seu novo recorde histórico, puxado pela forte ampliação da colheita de soja, que também será a maior da história. A soja é a cultura de maior valor bruto da produção (VBP) agrícola do Brasil e encabeça as exportações do agronegócio.
Fonte: Agrolink

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