segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Trigo Importado e Nacional


TRIGOS IMPORTADOS
Intervenção no mercado de trigo argentino impede divisas de US$ 750 milhões Informação do jornal Infocampo desta sexta-feira relata que, neste momento, haveria condições de se liberar uma cota de exportação de 3 milhões de toneladas de trigo argentino. Contudo, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, liberaria apenas pouco mais de 10% deste volume, ou cerca de 400 mil toneladas, que seriam liberadas nos próximos dias. Acontece que, dentro do atual contexto, esta liberação poderia ser de 3 milhões de toneladas que, a um preço FOB de US$ 250,00, geraria divisas de US$ 750 milhões, necessária para enfrentar a crescente saída de capitais do país (Cristina ganhou as eleições, mas afugentou os empresários: como fará para gerar empregos e impostos? – comentário de T&F). “Nunca antes na história tivemos um estoque final de trigo tão alto como o atual”, disse o diretor executivo de Argentrigo, Sérgio Conterjnic, logo acrescentando que “historicamente os carry over foram ao redor de 1 milhão de toneladas, no máximo”. Outro dos problemas enfrentados neste momento pelos produtores argentinos de trigo é a ausência de mercado, ao dispor de um trigo com qualidade requerida unicamente para exportação, mas que 
não satisfaz a indústria moageira, o que deixa muitos triticultores sem comprador.
 Do ponto de vista do importador brasileiro, com um estoque tão alto é muito provável que os preços 
internos do trigo argentino não subam tanto quanto deveriam, se houvesse uma disponibilidade normal.
TRIGO NACIONAL
De 11 moinhos consultados, nenhum quis comprar trigo no RS nesta sexta Uma pesquisa feita nesta sexta-feira por corretor gaúcho, ao qual Trigo&Farinhas teve acesso em primeira mão, informou que, de 11 moinhos consultados no estado, nenhum quis comprar lotes de trigo que lhe eram oferecidos, sequer fazer contra proposta. E os motivos são claros: a) estão situados em áreas de produção, estando com os armazéns abarrotados do cereal entregue por agricultores. Mesmo que os preços não estejam definidos, o trigo dali não sairá, ficando praticamente garantido o abastecimento deste moinho; b) já compraram o suficiente para os próximos 30-45 dias (houve intensa comercialização no início da colheita) e agora estão abastecidos; c) Quanto mais tempo permanecerem ausentes do mercado, mais o preço cai. Bate um desespero nos agricultores e é muito provável que comece um leilão às avessas, de quem vende por menos.
Os preços do trigo no mercado de lotes estão atingindo no máximo R$ 430,00 no  interior, mas para 
lotes esporádicos; o mais frequentes são preços ao redor de R$ 420,00 ou um pouco menos, dada a 
pressão de vendas neste momento de colheita. Há um mês o preço era de R$ 460,00, há sete meses 
estava ao redor de R$ 510,00 e há um ano estava a R$ 400,00/tonelada. É certo que os leilões programados pela Conab podem alterar este quadro, nas próximas semanas. Mas, na semana que passou, foi isto que aconteceu. No Paraná, os preços médios estão por volta de R$ 470,00/tonelada no norte do estado, de onde escrevemos este informativo, R$ 460,00 no oeste e R$ 490,00 em Curitiba. Há um mês estavam a R$ 
10,00 a mais, há sete meses chegaram a R$ 540,00 e há um ano estavam a R$ 470-480,00.
Parece, então, que os preços do trigo gaúcho caíram mais do que os do trigo paranaense e isto pode 
ser explicado pela maior produção no Rio Grande do Sul, que trouxe mais tranquilidade aos moinhos. 
Tranquilidade que poderá ser quebrada pelos leilões do PEP, com o escoamento das safras.

Site: Abitrigo - Proodução: Trigo e Farinhas

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