sábado, 10 de outubro de 2009

Estudo: impacto ecológico do biocombustível varia muito em função do vegetal

O impacto ecológico dos biocombustíveis varia muito de acordo com o tipo de vegetal utilizado, do melhor - a cana-de-açúcar - ao pior - representado pelo trigo e a beterraba, segundo estudo publicado nesta quarta-feira por uma agêcia francesa. "A grande maioria" dos agrocombustíveis da primeira geração emite menos gases causadores do efeito estufa que os combustíveis fósseis, com uma economia média de 60 a 80% para os de melhor desempenho, indica o estudo da Agência Francesa para o Desenvolvimento e o Controle da Energia.Neste sentido, o relatório destaca a cana-de-açúcar (90% menos emissões) e o diesel obtido a partir da gordura animal e do óleo vegetal usado.Já o etanol de trigo, o biodiesel de girassol e o óleo de palma ou de soja apresentam impacto médio.Os etanóis de beterraba, trigo e soja são os de pior rendimento: produzem apenas 20% menos gases causadores do efeito estufa em relação aos combustíveis de origem fóssil.De acordo com uma futura norma europeia, os biocombustíveis deverão representar menos 50% emissões até 2017 para serem utilizados.O estudo não leva em consideração o impacto das mudanças no uso do solo, como por exemplo o impacto de transformar áreas de floresta em plantações de vegetais utilizados para produzir os biocombustíveis."Podemos ter emissões duas ou quatro vezes superiores pelo fato da mudança do uso dos solos, o que significa um equilíbrio catastrófico", destaca Jean-Louis Bal, diretor de energias renováveis da agência.
Fonte: Último Segundo

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