terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Pão Francês com menos Sódio


Segundo o especialista em panificação e confeitaria, engenheiro Augusto Cezar de Almeida, na produção do pão francês se usa regularmente 2% de sal sobre a farinha de trigo. O mesmo vale para as Pré Misturas de Pão Francês onde o percentual de sal na formulação também é de 2%. Como informação no pão doce se usa 1,8%.
O especialista afirma que a produção de pão francês com 9,6% menos de sódio não será afetado sensorialmente e nem a nível de produção. Porém reforço o que vem defendendo através do Forum Nacional pela Melhoria da Qualidade do Pão Francês, de que todas as etapas da produção devem ser obedecidas rigorosamente, os profissinais devem ser melhor treinados e os recursos, como equipamentos e acessórios devem se de qualidade.
O teor de sódio de pão francês, deve ser reduzido gradualmente até 2016. A redução vai ocorrer graças à ampliação de um acordo do Ministério da Saúde com os fabricantes desses alimentos.
O empenho pelas melhorias nas práticas de produção é fundamental.
Outro ponto que defende é a adequação dos melhoradores de pães que devem ter maior e melhor capacidade de reforçar, o glúten. Como referência,  outros paises já tomaram iniciativas de redução do teor de sódio nos pães.
Ainda dentro do contexto de que não haverá alteração no pão do dia, Alexandre Pereira, presidente da Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação) afirmou ao Jornal da Folha que: ” As alterações serão feitas de forma gradual. Na receita- padrão do pão francês, elas não devem ser notadas”.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai monitorar o cumprimento das metas estabelecidas no acordo.
Fonte.: Revista Panificação Brasileira.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Situação do trigo Brasileiro

O segundo levantamento da Conab Novembro de 2011:
 Situação geral – Nesta safra o produtor demorou a definir a área para o trigo devido aos problemas de comercialização ocorridos nas safras anteriores, embora, no momento da semeadura os preços praticados no mercado já esboçavam alguma reação. A semeadura da lavoura de trigo 2011 que compõe a safra 2011/12, foi concluída no mês de julho. Na maioria dos Estados produtores houve redução da área semeada por
consequência das incertezas do mercado durante a safra anterior e pela concorrência com o milho Segunda Safra no Centro-Oeste e no Paraná. Apenas o Rio Grande do Sul apresentou um aumento mais significativo na área. O uso das variedades pão e melhorador tiveram aumento significativo, passando de pouco mais de 35% para o patamar acima de 90% do total semeado no Estado.  Em Santa Catarina a semeadura foi
bastante lenta devido às condições climáticas, onde o excesso de chuvas atrapalhou o estabelecimento da lavoura.     
Área cultivada – Nesta safra, a área cultivada ficou ao redor de 2.129,2 mil hectares, 1,0% menor que a área cultivada na safra 2010/11, que foi de 2.149,8 mil hectares. Os Estados que apresentaram crescimento foram apenas Minas Gerais 2,2%, Distrito Federal 11,6% , São Paulo 6,1% e Rio Grande do Sul 13,5%.
Sistema de cultivo - A lavoura de trigo do Brasil é implantada basicamente pelo sistema de Plantio Direto, que atinge mais de 90% da área cultivada. Em Goiás e Minas Gerais, parte das lavouras é irrigada.
Clima – A cultura do trigo necessita de uma variação de clima diferenciada da maioria das culturas de grãos. Na fase inicial do ciclo, a exigência é por temperaturas baixas para minimizar o ataque de pragas e doenças. Nesta fase suporta bem as geadas moderadas, as quais favorecem o perfilhamento. Na fase de floração e granação necessita de clima com baixa umidade para diminuir o ataque de doenças e favorecer a
qualidade do grão colhido. Na presente safra, as geadas ocorridas no final do mês de junho (dias 27 e 28)
prejudicaram as lavouras do Paraná, Mato Grosso do Sul e de São Paulo, por estarem em fase de floração e enchimento de grãos. Com este evento, a produtividade prevista para o trigo nestes Estados foi revisada para baixo. O Paraná já tinha enfrentado problemas no período de semeadura pela falta de umidade no solo, que dificultou a germinação do trigo. As melhores condições de clima para a cultura ocorreu no Rio Grande do Sul, que fez com que o produto colhido até o momento seja de excelente Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2011/2012.
Produtividade – A produtividade do trigo 2011, safra 2011/12, deve ficar em 2.382 kg/ha, 12,9% menor  que na safra passada que foi de 2.736 kg/ha. Produção – A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, está prevista em 5.070,7 mil toneladas, 13,8% menor do que foi colhido na safra anterior, quando a
produção alcançou 5.881,6 mil toneladas. Estágio da cultura – Na lavoura de trigo 2011, safra 2011/12, está em fase de conclusão. O Rio Grande do Sul ainda está colhendo, e no final de outubro a colheita
alcançou 60%. Nos demais Estados a colheita está encerrada.  Qualidade do produto colhido – O mercado de trigo demanda por produto de boa qualidade para a panificação. Por isto os produtores estão procurando cultivar as variedades tipo pão e trigo melhorador para atender esta demanda bastante seletiva. Em
consequência, e com ajuda do clima, tivemos nesta safra melhoria na qualidade do trigo. Isto foi possível porque os produtores gaúchos buscaram sementes de melhor qualidade no mercado paranaense, onde ocorreu redução de área  nesta safra. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Trigo Importado e Nacional


TRIGOS IMPORTADOS
Intervenção no mercado de trigo argentino impede divisas de US$ 750 milhões Informação do jornal Infocampo desta sexta-feira relata que, neste momento, haveria condições de se liberar uma cota de exportação de 3 milhões de toneladas de trigo argentino. Contudo, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, liberaria apenas pouco mais de 10% deste volume, ou cerca de 400 mil toneladas, que seriam liberadas nos próximos dias. Acontece que, dentro do atual contexto, esta liberação poderia ser de 3 milhões de toneladas que, a um preço FOB de US$ 250,00, geraria divisas de US$ 750 milhões, necessária para enfrentar a crescente saída de capitais do país (Cristina ganhou as eleições, mas afugentou os empresários: como fará para gerar empregos e impostos? – comentário de T&F). “Nunca antes na história tivemos um estoque final de trigo tão alto como o atual”, disse o diretor executivo de Argentrigo, Sérgio Conterjnic, logo acrescentando que “historicamente os carry over foram ao redor de 1 milhão de toneladas, no máximo”. Outro dos problemas enfrentados neste momento pelos produtores argentinos de trigo é a ausência de mercado, ao dispor de um trigo com qualidade requerida unicamente para exportação, mas que 
não satisfaz a indústria moageira, o que deixa muitos triticultores sem comprador.
 Do ponto de vista do importador brasileiro, com um estoque tão alto é muito provável que os preços 
internos do trigo argentino não subam tanto quanto deveriam, se houvesse uma disponibilidade normal.
TRIGO NACIONAL
De 11 moinhos consultados, nenhum quis comprar trigo no RS nesta sexta Uma pesquisa feita nesta sexta-feira por corretor gaúcho, ao qual Trigo&Farinhas teve acesso em primeira mão, informou que, de 11 moinhos consultados no estado, nenhum quis comprar lotes de trigo que lhe eram oferecidos, sequer fazer contra proposta. E os motivos são claros: a) estão situados em áreas de produção, estando com os armazéns abarrotados do cereal entregue por agricultores. Mesmo que os preços não estejam definidos, o trigo dali não sairá, ficando praticamente garantido o abastecimento deste moinho; b) já compraram o suficiente para os próximos 30-45 dias (houve intensa comercialização no início da colheita) e agora estão abastecidos; c) Quanto mais tempo permanecerem ausentes do mercado, mais o preço cai. Bate um desespero nos agricultores e é muito provável que comece um leilão às avessas, de quem vende por menos.
Os preços do trigo no mercado de lotes estão atingindo no máximo R$ 430,00 no  interior, mas para 
lotes esporádicos; o mais frequentes são preços ao redor de R$ 420,00 ou um pouco menos, dada a 
pressão de vendas neste momento de colheita. Há um mês o preço era de R$ 460,00, há sete meses 
estava ao redor de R$ 510,00 e há um ano estava a R$ 400,00/tonelada. É certo que os leilões programados pela Conab podem alterar este quadro, nas próximas semanas. Mas, na semana que passou, foi isto que aconteceu. No Paraná, os preços médios estão por volta de R$ 470,00/tonelada no norte do estado, de onde escrevemos este informativo, R$ 460,00 no oeste e R$ 490,00 em Curitiba. Há um mês estavam a R$ 
10,00 a mais, há sete meses chegaram a R$ 540,00 e há um ano estavam a R$ 470-480,00.
Parece, então, que os preços do trigo gaúcho caíram mais do que os do trigo paranaense e isto pode 
ser explicado pela maior produção no Rio Grande do Sul, que trouxe mais tranquilidade aos moinhos. 
Tranquilidade que poderá ser quebrada pelos leilões do PEP, com o escoamento das safras.

Site: Abitrigo - Proodução: Trigo e Farinhas

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estoques Mundiais de Trigo

                                                  Click na figura para ampliá-la
Fonte: Abitrigo

Produção x Qualidade


Produção – A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, está prevista em 5.146,4 mil toneladas, 12,5% menor do que foi colhido na safra anterior, quando a produção alcançou 5.881,6 mil toneladas. Este número pode variar conforme as condições climáticas que ocorrerem até o final do ciclo da cultura, cuja colheita deve ser encerrada em novembro.

Qualidade do produto colhido – O mercado de trigo demanda por produto de boa qualidade para a panificação. Por isso os produtores estão procurando cultivar variedade tipo pão e trigo melhorador, para atender esta demanda bastante seletiva. Em conseqüência, e com ajuda do clima, teremos nesta safra a colheita de trigo de ótima qualidade. Na safra passada já ocorreram melhoras significativas e para esta, o resultado
poderá ser melhor. Os produtores gaúchos buscaram sementes de melhor qualidade no mercado paranaense, onde está prevista a redução de área para esta safra.
Fonte: Conab

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Segundo O Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), uma nova variedade IAC, do tipo melhorador, apresenta potencial produtivo em torno de seis mil quilos por hectare, enquanto as outras em uso no estado de São Paulo produzem cerca de três mil – exceto o IAC 370 que tem rendimento idêntico ao Mojave, de acordo com o pesquisador do IAC, João Carlos Felício. “Esses resultados podem variar de acordo com a região e as condições de clima e solo, mas em condições ideais o produtor consegue atingir esses valores”, explica. A nova cultivar apresenta ainda espigas grandes e alto potencial de inflorescência, responsável pela geração dos grãos.

A aplicação de defensivos nas lavoras do IAC 385 Mojave pode ser reduzida em pelo menos 30%. Isso porque a variedade possui moderada resistência à ferrugem da folha, às manchas foliares causadas por helmintoporiose e à brusone. As três são consideradas as principais doenças do trigo. “Geralmente, o produtor faz de duas a três aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras. Com essa moderada resistência, são necessárias apenas duas pulverizações. Isso em condições propícias de clima e solo”, explica o pesquisador.
O IAC 385 Mojave é utilizado para fabricação de pães especiais — como pão de forma e panetone — e para melhorar outras farinhas de qualidade inferior. A nova cultivar também tem alto potencial para coloração branca – um atrativo para os moinhos.
A variedade possui porte baixo, de 85 a 90 centímetros, e moderada resistência ao acamamento, responsável por fazer as plantas caírem, impedindo a colheita por máquinas. É resistente ainda à debulha natural e possui ciclo médio, variando de 130 a 140 dias, possibilitando ao agricultor plantar diversas variedades para colher em períodos diferentes.
O cultivo está recomendado para a região de Capão Bonito, no sudoeste paulista. A expectativa é que no próximo ano se estenda também para a região de Assis. As sementes da nova variedade estão sendo produzidas e devem estar disponíveis aos produtores em 2012.
Fonte.: AgroValo

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Noticias sobre o mercado do trigo Agosto /2011


O levantamento da safra de trigo divulgado nas primeiras semanas de agosto  mostraram um volume de produção aquém da colhida no ano safra 2010/11 da ordem de 10,2%, correspondente a 598 mil toneladas a menos. Esse resultado deve-se ao recuo da área plantada de 3,2% e às recentes geadas e chuvas nas zonas de produção da região Sul.
O Estado do Paraná, maior produtor brasileiro, é responsável por essa queda acentuada com 20,9% de redução saindo de 3,3 para 2,6 milhões de toneladas, 691 mil toneladas a menos com relação à safra passada. Por outro lado o Rio Grande do Sul teve um crescimento de área de 9,4% e a produção deverá ultrapassar 2,1 milhões de toneladas com acréscimo de 7,7%. À exceção do Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul houve recuo de produção em todas as áreas de cultivo, conforme a tabela seguinte.
Particularmente com relação ao Estado Gaúcho existe grande expectativa quanto à qualidade do produto a ser colhido tendo em vista o trabalho desenvolvido junto aos produtores no sentido de se plantar cultivares com maior possibilidade de obter trigo com Força de Glútem, Falling Number e Estabilidade requisitadas pela indústria moageira e pelo mercado externo. Considerando o estágio da cultura, as geadas no Estado mencionado não afetaram as lavouras e em muitas delas até foram benéficas. A persistir o clima favorável e caso não ocorram chuvas na época da colheita aguarda-se uma boa produtividade e qualidade podendo até superar a atual estimativa de produção prevista para o Estado. A estimativa do USDA divulgada nessa semana mostra que a Rússia e Ucrânia produzirão 18,9 milhões de toneladas a mais que na safra passada que foi afetada por problemas climáticos. Com isso suas exportações evoluirão de 8 milhões para 25 milhões de toneladas, com a agravante de que para retomar o mercado perdido, inclusive para o Brasil, os preços estão sendo praticados muito abaixo dos praticados pelos concorrentes.

Nesse contexto as exportações brasileiras previamente contratadas para entrega em dezembro/11 com volume estimado de 400 mil toneladas foram renegociadas em uma operação denominada wash out restando, apenas, 200 mil toneladas. O Brasil ocupou o espaço de mercado deixado por esses dois grandes produtores e exportadores tendo vendido ao exterior 2,5 milhões de toneladas e tornando-se o nono maior exportador mundial da commoditie. Entretanto, deve-se considerar que o trigo produzido nesses países não possui alto teor de proteína como demandado por grande número de consumidores e que as estimativas de
produção nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Argentina, grandes supridores do mercado internacional, são bem menores e seus estoques encontram-se em redução contínua a partir da safra 2009/10. Os números divulgados foram suficientes para provocar aumentos significativos das cotações no mercado futuro das bolsas de Paris, de Kansas e de Chicago, logo após a divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Essa reação de preços também recebeu suporte da queda na estimativa de produção de milho no País. A redução na disponibilidade de trigo de alto teor de proteína também preocupa e ajuda a manter os preços acima dos observados no primeiro semestre de 2011. Outro fato que deve ser reportado refere-se a anomalia que se observa de uma inversão da tendência histórica em que a cotação do milho está mais alta que a do trigo, causando alteração nas estratégias de negociação de commodities, mudando a forma
como os produtores de carne, alimentam seus animais. Os produtores de frango nos Estados Unidos estão adicionando mais trigo na ração de suas aves, assim como os produtores de suínos, gado e etanol que também estão usando trigo como complemento ao milho. O quadro de suprimento e uso de trigo no Brasil exposto abaixo retrata que o ano safra 2010/11, recentemente findo em 31 de julho, virou com estoque de passagem de 1.766,1 mil toneladas. Desse total 875 mil toneladas são de propriedade do Governo e
equivalem à demanda do País para suprir um mês de consumo. O volume restante compreende produto em mãos de cooperativas, produtor e em moinhos, tanto de produto nacional como de importado.
A presença brasileira como exportadora de trigo trouxe um grande alento aos triticultores brasileiros, principalmente do Rio Grande do Sul, que veem nas exportações do cereal outro fator de geração de riqueza e, conseqüentemente, de combate a pobreza na área rural da Região Sul. Saliente-se que as recentes exportações foram responsáveis pela geração de divisas de 744 milhões de dólares na economia brasileira, enquanto as importações de 5,2 milhões de toneladas, no mesmo período, queimaram divisas de 1,55 bilhão de dólares, Esses números quantificam os benefícios gerados com a atividade exportadora sem citar as externalidades positivas geradas pela produção de inverno na economia regional.
     Estima-se que a moagem industrial no período 2011/12, em relação ao anterior, seja maior em 2,0%, que as importações cresçam em 2,2%, as exportações reduzidas para 900 mil toneladas e o consumo interno acrescido em 1,8%. Dessa forma, o estoque de passagem em julho de 2012 poderá ser 8,4% menor que do ano safra recentemente encerrado. Fonte: Conab


domingo, 4 de setembro de 2011

IAC lança variedade de trigo com o dobro de produtividade e redução de 30% na aplicação de defensivos agrícolas


A variedade IAC 385 Mojave será lançada nesta quinta-feira, 1º de setembro, na XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno.
Quem come o tradicional pãozinho no café da manhã e todos os outros alimentos à base de farinha de trigo durante o dia, talvez não imagine todo o trabalho existente na cadeia de produção desse cereal. Na base do processo está a pesquisa científica, que requer cerca de 16 anos para desenvolver uma nova variedade, resistente a doenças, com alto valor produtivo e farinha de cor branca e alta qualidade a. Para diversificar e disponibilizar variedades com características cada vez melhores ao agricultor, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, lança nesta quinta-feira, 1º de setembro de 2011, o trigo IAC 385 Mojave. O lançamento será durante a XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno, realizada no Polo Regional Sudoeste Paulista da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em Capão Bonito, interior paulista.
A nova variedade IAC do tipo melhorador apresenta potencial produtivo em torno de seis mil quilos por hectare, enquanto as outras em uso no Estado de São Paulo produzem cerca de três mil, exceto o IAC 370 que tem rendimento idêntico ao Mojave, de acordo com o pesquisador do IAC, João Carlos Felício. “Esses resultados podem variar de acordo com a região e as condições de clima e solo, mas em condições ideais o produtor consegue atingir esses valores”, explica Felício. A nova variedade IAC apresenta ainda espigas grandes e alto potencial de inflorescência – responsável pela geração dos grãos. “Eles apresentam bom peso de mil grãos (55 gramas)”, diz.
A aplicação de defensivos agrícolas nas lavoras do IAC 385 Mojave pode ser reduzida em pelo menos 30%. Isso porque a nova variedade possui moderada resistência à ferrugem da folha, às manchas foliares causadas por helmintoporiose e à brusone. As três são consideradas as principais doenças do trigo. “Geralmente o produtor faz de duas a três aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras. Com essa moderada resistência, são necessárias apenas duas pulverizações. Isso em condições propícias de clima e solo”, explica o pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O IAC 385 Mojave tem características de trigo melhorador e é utilizado para fabricação de pães especiais — como pão de forma e panetone — e para melhorar outras farinhas de qualidade inferior. De acordo Felício, são três os tipos de farinhas existentes: tipo melhorador, tipo pão e outros usos – estes para consumo doméstico. “O que determina a qualidade da farinha é a quantidade de glúten, ou seja, a proteína expressa no teor de glúten úmido, e a força de estabilidade da massa (W). O IAC 385 Mojave apresenta 31% de glúten úmido, o que é muito bom e confere estabilidade da massa, no mínimo, de 14 minutos”, explica o pesquisador.
A força de glúten e a estabilidade correspondem ao tempo em que a farinha resiste nas máquinas para o processo de fabricação do pão, por exemplo. “Se os grãos de trigo não têm essa característica, quando forem bater a massa para fazer alguma receita, ela vai ficar elástica, parecendo um chiclete e isso não é bom para o resultado final do produto, pois o miolo do pão apresenta muita umidade”, afirma.
De acordo com o pesquisador, a cor branquinha do miolo do pão atrai o consumidor final e, consequentemente, os moinhos, que compram mais rapidamente em razão da preferência por farinhas com coloração branca. A nova variedade do IAC possui também esta característica. O aparelho que classifica a cor, chamado Minolta, registra variações de zero (cor preta) a 100 (cor branca). O IAC 385 Mojave tem classificação 94, o que lhe garante alto potencial para coloração branca. “Entre 92 e 94 na escala, o trigo é branco, menos que isso a farinha já é um pouco avermelhada. Desconheço uma variedade no mercado que esteja acima desse valor atingido pelo IAC 385 Mojave”, ressalta. A aparência da farinha de trigo tem relação direta com a comercialização.
Desenvolvida para colheita mecanizada – que corresponde ao método utilizado em quase 100% dos trigais – a variedade possui porte baixo, de 85 cm a 90 cm, e moderada resistência ao acamamento, responsável por fazer as plantas caírem, impedindo a colheita por máquinas. O IAC 385 Mojave é também resistente à debulha natural. “É uma característica do trigo debulhar antes da colheita. Quando a espiga seca e a temperatura está alta, os grãos secam e caem, isso ocorre principalmente com a força da colheitadeira. Os grãos não conseguem ficar na planta, o que causa perda de produção para o agricultor”, explica Felício.
O novo material IAC tem ciclo médio, variando de 130 a 140 dias, possibilitando ao agricultor plantar diversas variedades para colher em períodos diferentes. “De cada 20 hectares que se planta em um dia, se colhe dez no mesmo período. Isso acontece porque o período do dia propício para a colheita é das 10h às 18h, depois disso, o grão umedece e a máquina não consegue bater. Por isso é necessário que o produtor plante variedades com ciclos diferentes para conseguir colher com maior facilidade”, afirma.
O cultivo está recomendado para a região de Capão Bonito, no Sudoeste Paulista. A expectativa é que no próximo ano se estenda também para região de Assis, no Médio Paranapanema. As sementes da nova variedade estão sendo produzidas e devem ser disponibilizadas aos produtores em 2012. A pesquisa teve o auxílio do Polo Regional Sudoeste Paulista e Polo Regional Médio Paranapanema, ambos pertencentes à APTA.
Produção- São Paulo é hoje o quarto Estado que mais produz trigo no País, com produção em torno de 250 a 300 mil toneladas e possui 45 mil hectares plantados. O Brasil é o segundo País que mais importa o grão, ficando atrás somente do Egito. “Consumimos 10 milhões de toneladas de trigo e produzimos apenas cinco milhões. Importamos principalmente de países como Argentina, Paraguai e Uruguai”, diz o pesquisador do IAC.
De acordo com Felício, o Brasil já produziu mais esse grão, considerado a base para alimentação. A explicação está na exigência de alta tecnologia. “O sucesso de uma produção não depende só das variedades cultivadas, mas também da forma como colhe, seca, armazena e comercializa”, afirma.
Evento- A XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno será realizada em Capão Bonito, no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista, nesta quinta-feira, 1º de setembro de 2011, a partir das 8h30. O evento tem como público-alvo produtores rurais, engenheiros agrônomos, pesquisadores e demais interessados no cultivo de cereais de inverno.
Além do lançamento da variedade de trigo IAC 385 Mojave, o encontro terá palestra sobre os resultados das avaliações de genótipos de trigo no Estado de São Paulo em 2010, apresentada pelo pesquisador do Polo APTA Sudoeste Paulista, Edison Ramos Júnior, adubação versus qualidade industrial proferida pelo pesquisador do IAC, João Carlos Felício, o cultivo de cevada cervejeira em São Paulo e a regulamentação técnica do trigo.
.[ XI Reunião Técnica de Cereais de Inverno, de 1º/09/2011, a partir das 8h30, no Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista - Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado, SP 250, km 232 (Capão Bonito/Guapiara)]. Mais informações: (15) 3542-1310, (15) 3542-1708, ou pelo e-mail: polosudoestepaulista@apta.sp.gov.br .

Fonte: www.revistafator.com.br

domingo, 21 de agosto de 2011

Situação do trigo brasileiro Agosto 2011


Produção – A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, está prevista em 5.283,2 mil toneladas, 10,2% menor do que foi colhido na safra anterior, quando a produção alcançou 5.881,6 mil toneladas. Este número pode variar conforme as condições climáticas que ocorrerem até o final do ciclo da cultura.

Estágio da cultura – Na lavoura de trigo 2011, safra 2011/12, predomina a fase de desenvolvimento vegetativo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, a cultura está na fase final do ciclo, indicando o início da colheita para os próximos 15 dias. No Paraná e em Mato Grosso do Sul, as fases do ciclo são as mais diversas, devido aos problemas enfrentados pelos produtores no período da semeadura, tanto por falta (no início), como por excesso (no final) da semeadura.

Qualidade do produto colhido – O mercado de trigo demanda por produto de boa qualidade para a panificação. Por isso os produtores estão procurando cultivar variedade tipo pão e trigo melhorador, para atender esta demanda bastante seletiva. Em consequência, e com ajuda do clima, teremos nesta safra a colheita de trigo de ótima qualidade. Na safra passada já ocorreram melhoras significativas e para esta, o resultado poderá ser melhor. Os produtores gaúchos estão buscando sementes de melhor qualidade no mercado paranaense, onde está prevista a redução de área para esta safra.

Fonte.: Conab


domingo, 31 de julho de 2011

Nova classificação comercial de trigo

A partir de julho de 2012, começa a vigorar a nova classificação comercial do trigo brasileiro. Para se adequar à regulamentação, as empresas obtentoras, responsáveis pelo desenvolvimento genético do trigo, precisam reclassificar todas as cultivares que estão no mercado em parâmetros que definem os trigos em melhorador, pão, doméstico, básico ou outros usos. A maioria dos trabalhos científicos inscritos na V Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (V RCBPTT) apresentarão avaliações de qualidade tecnológica das cultivares.

Fonte: Agronotícias

Como era esperado o preço da farinha deve subir

O pãozinho brasileiro deve mesmo ficar mais caro nos próximos meses, dado os problemas climáticos que afetaram a principal região produtora de trigo do País, o Paraná. Além disso, as geadas que atingiram o sul do Brasil também devem influenciar as colheitas de grandes fornecedores do produto, como a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Quem perde é o consumidor que poderá desembolsar até 5% mais na compra do pãozinho de seu café da manhã.A qualidade do trigo é a principal exigência dos moinhos para a produção da farinha que dá origem ao pão. O Brasil produz uma grande quantidade de trigo brando, reconhecido pela qualidade menor e que é usado para a confecção de biscoitos e ração animal. O conhecido trigo pão, de alta qualidade, é usado para fabricar farinha e para pães, e não possui grande representatividade na produção total do País.Os moinhos brasileiros, que há muito tempo importam trigo de qualidade de outros países, como a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e os Estados Unidos, e pagam mais caro por isso, já contabilizam valores até 25% mais altos na compra deste grão em 2011. E a situação ainda deve se agravar caso o clima não colabore. "O mercado brasileiro está cada vez mais exigente em relação à qualidade do trigo. Nós notamos uma melhora na qualidade do Brasil, mas estamos longe do ideal, e ainda temos que comprar de outros países. O problema é que as geadas que afetaram o Paraná também atingiram o Paraguai e a Argentina", comentou o presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira da Industria do Trigo (Abitrigo), Luiz Martins.


Fonte: www.dci.com.br

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Situação geral do trigo

 A lavoura de trigo 2011 que compõe a safra 2011/12, está em fase final de semeadura. No Rio Grande do Sul ainda restam a semear pequenas áreas, o que deve ser efetivado até o dia 10 de julho. Em Santa Catarina a semeadura foi bastante lenta, devido às condições climáticas, onde o excesso de chuvas atrapalhou o
estabelecimento da lavoura. Em Goiás, a semeadura foi concluída, salientando-se que neste Estado a maior parte da lavoura é irrigada. O produtor demorou a definir a área para o trigo devido aos problemas de
comercialização ocorridos nas safras anteriores, embora no momento os preços praticados no mercado estejam um pouco superiores aos realizados no mesmo período da safra passada. Em praticamente todos os Estados produtores ocorreu redução de área, apenas no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, a área semeada teve
incremento em relação à safra anterior.
Fonte: Conab

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Situação do trigo no mercado

Notícias apontam para um aumento na produção de trigo global na safra 2011/12, diminuindo o interesse, as industrias e moinhos não estão preocupados com a falta de produto no mercado o que mantém o mercado em baixa.
Devido ao clima não há certeza de como será realmente a nova safra, algumas regiões dos EUA o atraso do plantio até semana passada era grande comparado ao ano anterior entorno de 30%.
No Paraná e Santa Catarina geadas prejudicam o trigo, não têm dados concretos mas sabe-se que sempre há perdas. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Área cultivada;sistema de cultivo e clima


Área cultivada – Nesta safra, de acordo com o segundo levantamento, a área cultivada deve alcançar 2.057,3 mil hectares, 4,3% menor que a área cultivada na safra 2010/11, que foi de 2.149,8 mil hectares.

Sistema de cultivo - A lavoura de trigo do Brasil é implantada basicamente pelo sistema de Plantio Direto, que atinge mais de 90% da área cultivada. Em Goiás, parte das lavouras são irrigadas.

Clima – A cultura do trigo necessita de uma variação de clima diferenciada da maioria das culturas de grãos. Na fase inicial do ciclo, a exigência é por temperaturas baixas, suportando bem as geadas moderadas, as quais favorecem o fechamento do ciclo vegetativo. Na fase de floração e granação a preferência é por clima com baixa umidade e temperaturas mais elevadas que diminuem o ataque de doenças e favorecem a qualidade do grão a ser colhido. Até o momento o clima é bastante favorável a implantação da cultura, com alguns problemas pontuais no Paraná, devido a escassez de umidade para a germinação do trigo.
Fonte: Conab - Nono levantamento - Junho 2011.

Situação geral do trigo

 A lavoura de trigo 2011 que compõe a safra 2011/12, está em fase de implantação. No Paraná, a semeadura já passou dos 60% da área prevista. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a semeadura já teve início, embora de forma bastante lenta, devendo intensificar-se neste mês de junho. Em Goiás, a semeadura está concluída, salientando-se que neste estado a maior parte da lavoura é irrigada. Em Minas Gerais e São Paulo, a área destinada à cultura do trigo está com a semeadura praticamente concluída. O produtor ainda está bastante indeciso para decidir o tamanho da área a semear com trigo, devido aos problemas de comercialização ocorridos nas safras anteriores, embora no momento os preços praticados no mercado estejam um pouco superiores aos do mesmo período da safra passada. Em praticamente todos os estados produtores está
prevista redução de área, apenas no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, o aumento da área semeada, em relação à safra anterior é esperado.
Fonte: Conab - Nono Levantamento Junho 2011.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Efeitos da volta da Rússia como grande exportador de trigo

Diante de uma perspectiva (a safra ainda não foi colhida) de um “ano muito bom” para o trigo na Rússia, a cotação deste cereal, negociado na Bolsa de Paris caiu quase 5% para € 238,5/tonelada nesta segunda-feira. Esta foi a primeira reação à decretação do fim do embargo das exportações russas de trigo, decretadas em agosto passado diante da pior seca em 50 anos que devastou as safras daquele país e que fizeram as cotações internacionais subir mais de 75% nos últimos dez meses. Até aquela data a Rússia era o segundo maior exportador de trigo do Mundo, com exportações ao redor de 18,5 milhões de toneladas. As estimativas do USDA para as exportações russas desta temporada eram de 10 milhões de toneladas, mas os analistas russos estimam que, para 2011/12 o total das exportações pode atingir 20 milhões de toneladas. Além desta informação, também houve chuvas no norte da Europa, onde a seca estava dominando até recentemente. 
A Alemanha recebeu poucas chuvas e a previsão para os próximos três dias  mostra chuvas para o sudeste da Inglaterra, Alemanha e França, segundo os Institutos de Meteorologia europeus.
“No entanto, as incertezas ainda são grandes”, disse um operador da Toepfer, a maior empresa comercial de grãos do país, acrescentando que a produção alemã de trigo deverá cair de 14 para 22,8 a 23,3 milhões de toneladas nesta temporada. A Alemanha é o segundo maior produtor de trigo da Europa Ocidental, depois da França. “Deve-se notar que as áreas em toda a França Ocidental norte já estão praticamente perdidas e que a previsão indica chuvas não muito pesadas na maioria das áreas”, acrescentou,usando de cautela.
Fonte: ExpressoMT

Efeitos da volta da Rússia como grande exportador de trigo


Diante de uma perspectiva (a safra ainda não foi colhida) de um “ano muito bom” para o trigo na Rússia, a cotação deste cereal, negociado na Bolsa de Paris caiu quase 5% para € 238,5/tonelada nesta segunda-feira. Esta foi a primeira reação à decretação do fim do embargo das exportações russas de trigo, decretadas em agosto passado diante da pior seca em 50 anos que devastou as safras daquele país e que fizeram as cotações internacionais subir mais de 75% nos últimos dez meses. Até aquela data a Rússia era o segundo maior exportador de trigo do Mundo, com exportações ao redor de 18,5 milhões de toneladas. As estimativas do USDA para as exportações russas desta temporada eram de 10 milhões de toneladas, mas os analistas russos estimam que, para 2011/12 o total das exportações pode atingir 20 milhões de toneladas. Além desta informação, também houve chuvas no norte da Europa, onde a seca estava dominando até recentemente. 
A Alemanha recebeu poucas chuvas e a previsão para os próximos três dias  mostra chuvas para o sudeste da Inglaterra, Alemanha e França, segundo os Institutos de Meteorologia europeus.
“No entanto, as incertezas ainda são grandes”, disse um operador da Toepfer, a maior empresa comercial de grãos do país, acrescentando que a produção alemã de trigo deverá cair de 14 para 22,8 a 23,3 milhões de toneladas nesta temporada. A Alemanha é o segundo maior produtor de trigo da Europa Ocidental, depois da França. “Deve-se notar que as áreas em toda a França Ocidental norte já estão praticamente perdidas e que a previsão indica chuvas não muito pesadas na maioria das áreas”, acrescentou,usando de cautela.
Fonte: ExpressoMT

Condições climáticas favorecem o plantio de trigo.

As condições climáticas registradas no último período favoreceram as atividades agropecuárias no Rio Grande do Sul, facilitando o trabalho de plantio das lavouras de inverno e na condução e manejo de hortas e pomares. No trigo, o plantio da safra 2011 deu um salto significativo nesta semana, aumentando 15 pontos percentuais em relação à semana anterior, alcançando 50% sobre a área total projetada para este ano. Conforme o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emate/RS-Ascar, apesar da ausência de chuvas durante o período, a germinação ocorreu dentro da normalidade, com as lavouras apresentando, até o momento, bom padrão. Devido ao tempo 
seco e às temperaturas amenas, é reduzido o aparecimento de pragas e moléstias nas lavouras.
Fonte: Agrolink

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Industria Nacional sofre com importação de farinha Argentina

O aumento da importação de farinha Argentina vem causando preocupações as industrias brasileiras já que o trigo Argentino é subsidiado pelo governo fazendo com que a farinha tenha um preço menor em relação a farinha Nacional. Por outro lado o trigo brasileiro de qualidade não é suficiente para manter o padrão do mercado interno, isso faz com que as indústrias busquem essa matéria prima fora do país; o nosso principal fornecedor de trigo e farinha de trigo é a Argentina. Em algumas regiões do sul a farinha argentina representa 30% do consumo o que assusta o governo. 
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que as exportações de trigo do Brasil renderam ao país US$ 714 milhões de janeiro a abril de 2011. As importações, por sua vez, atingiram no mesmo período US$ 639 milhões.

Fonte: Tecnologia e Processamento do Trigo

domingo, 5 de junho de 2011

Preço Mínimo do trigo em 2011 em vários estados

Estado               R$/TON                          Período:
BA                          414,00                        Janeiro á Junho          
DF                          414,00                        Janeiro á Junho           
ES                          414,00                         Janeiro á Junho            
GO                         414,00                         Janeiro á Junho              
MG                         414,00                        Janeiro á Junho
MS                         414,00                         Janeiro á Junho
MT                         414,00                         Janeiro á Junho
PR                          369,83                         Janeiro á Junho
RJ                           414,00                         Janeiro á Junho
RS                          369,83                         Janeiro á Junho
SC                          369,83                         Janeiro á Junho
SP                           414,00                        Janeiro á Junho

Fonte: Conab

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nova classificação do trigo entra em vigor em 01 de julho 2011

Esta Instrução Normativa entra em vigor a partir de 1º de julho de 2011.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto no 6.268, de 22 de novembro de 2007, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, na Portaria MAPA nº 381, de 28 de maio de 2009, e o que consta do Processo nº 21000.001065/2010-22, resolve:
Art. 1º Estabelecer o Regulamento Técnico do Trigo, definindo o seu padrão oficial de classificação, com os requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes à classificação do produto, na forma dos Anexos à presente Instrução Normativa.
Art. 2º As Classes e os Tipos do Trigo do Grupo II de que tratam os Anexos V e VI desta Instrução Normativa somente serão exigidos a partir de 1º de julho de 2015, em substituição às Classes e aos Tipos de que tratam os Anexos III e IV desta Instrução Normativa.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor a partir de 1º de julho de 2011.
WAGNER ROSSI

Fonte: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=consultarLegislacaoFederal

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Calendário Agrícola dos principais países produtores/exportadores

Clic na figura para visualizar.

Fonte: Conab -
Paulo Magno Rabelo

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Índia estima produção de trigo em 84 milhões toneladas

As recentes chuvas que castigaram a Índia não devem prejudicar a produção de trigo, segundo informações do comissário de Agricultura do país, Gurbachan Singh.

No entanto, de acordo com o governo indiano, o clima frio cria umidade na plantação e isso pode atrasar a chegada da safra. Além de afastar os rumores sobre os possíveis danos causados pela chuva à cultura, o Ministério da Agricultura estima que a produção seja recorde, chegando a 84 milhões de toneladas este ano.

Singh afirmou, ainda, que a Índia está ganhando um nível de destaque na produção internacional e que, enquanto grandes produtores como China, Rússia, Estados Unidos, Canadá e Austrália indicam queda na produção, a Índia espera crescimento.

Fonte: Globo Rural

sábado, 19 de março de 2011

Embrapa oferece opções para o plantio do trigo

Novas variedades serão utilizadas na próxima safra, cujo plantio começa a partir de abril na região Sul e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Brasília- A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, oferece novas variedades de trigo para a próxima safra. O cultivo começa a partir de abril na região Sul e nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Em Santa Catarina e no Paraná, maior produtor nacional do grão, os produtores têm a opção de cinco cultivares cujas sementes são comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia. Na última safra, a mais plantada delas foi a BRS 220. Essa variedade apresenta ciclo médio e palha forte, pertence à classe Trigo Pão e tem melhor desempenho em ambientes de temperaturas amenas e de boa fertilidade. Em sistema de rotação de culturas, o rendimento é excelente com reduzida aplicação de fungicidas.
Utilizada pelos produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a BRS 208 é resistente às principais doenças do trigo, como a ferrugem da folha, as manchas foliares e os fungos. Apresenta qualidade industrial estável em diferentes ambientes e classifica-se como trigo Pão.
A BRS Pardela é uma boa opção para a produção do tradicional pão francês devido ao alto teor de glúten, tenacidade e estabilidade de farinha. Também pode ser utilizada na fabricação de massa. A BRS Pardela apresenta boa resistência a fungos e à ferrugem da folha, moderada resistência à brusone e às manchas foliares. É indicada para áreas de alta fertilidade, onde pode apresentar bom rendimento de grãos.
Outra variedade indicada para a fabricação de pão francês é a BRS Tangará, que tem resistência a fungos e à ferrugem da folha e apresenta melhor rendimento em locais com temperaturas mais amenas. Outra opção de cultivo para os agricultores é a BRS Albatroz, da classe Pão e com excelente potencial produtivo, lançada no ano passado em parceria com a Fundação Meridional.
Para o estado de São Paulo, a cultivar mais indicada é a BRS 210, também desenvolvida pela Embrapa, que apresenta porte baixo e adapta-se bem tanto em sistema de cultivo de sequeiro quanto em condições irrigadas.
No Rio Grande do Sul, segundo maior produtor brasileiro de trigo, a cultivar da Embrapa mais plantada na última safra foi a BRS Guamirim. Essa variedade caracteriza-se pelo porte baixo e grande número de espigas por metro quadrado. Classificada como Trigo Pão, é indicada para panificação industrial e mesclas de farinha.
Também da classe Pão, a BRS Tarumã serve tanto para produção de grãos, quanto para forragem voltada à alimentação animal. Por conta disso, é indicada para a integração lavoura-pecuária, principalmente leiteira.
Lançada no ano passado, a BRS 327 apresenta várias características de interesse do produtor, como produtividade e sanidade. A cultivar é resistente às principais pragas e doenças da cultura, como manchas foliares e ferrugem da folha.
A BRS 296 apresenta ciclo precoce, excelente sanidade e estabilidade produtiva, sendo classificada como Trigo Pão. Tanto ela como as variedades BRS Guamirim, BRS Tarumã e BRS 327 são comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia.|MA.
Fonte: Portal Fator Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

A qualidade da farinha de trigo

A qualidade da farinha está dieretamente relacionada com a qualidade do glúten. Glutén com qualidade e quantidade certa corresponde a farinhas  com estabilidade maior e por consequência pães com maior qualidade principalmente os de longa fermentação e os que levam uma carga muito grande de açucar e/ou  processos  industriais onde a farinha necessita de muita resistência a ação mecânica.
Quando falamos em força da farinha nos referimos ao W (que é medido em Jaules, força ), porem podemos ter um w alto (350 J) e não termos a estabilidade alta o que faz vir por terra o conceito de que farinhas fortes ou seja com W alto garantem pães de qualidade. Uma farinha com qualidade e quantidade de glutén correta e um W alto podem nos dar uma boa ideia de estabilidade e consequentemente uma garantia melhor na qualidade do produto acabado.
Fonte: Tecnologia e processamento do trigo 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Trigo Safra 2010/2011

                                              Clic na figura para ampliá-la
Fonte: Conab

Exportações de trigo do Brasil

As exportações de trigo do Brasil atingiram 402 mil t em janeiro, mais que o dobro das registradas no mesmo período do ano passado (198,4 mil t), informou um analista do governo nesta quarta-feira. Os embarques aumentaram expressivamente também em relação a dezembro, quando o Brasil exportou 112,6 mil toneladas.
Fonte: Agronotícias

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Preço do trigo deve manter-se alto em 2011

Com o consumo aquecido e os estoques abaixo do normal, a tendência é que os preços pagos pelo trigo se mantenham elevados. É o que afirma a analista de mercado Amarilys Romano. Os estoques mundiais estariam cerca de 20 milhões de toneladas abaixo da demanda. E, segundo ela, recompor a reserva do grão é tarefa difícil, já que o trigo fechou janeiro com cotação 50% superior a de janeiro de 2010.
– É um momento de atenção, pois não existe estoque. O estoque global está muito baixo. O que temos visto para todos os produtos é que você tem tido avanço na produção, mas também avanços em demanda em taxas superiores ao aumento da produção. Aí, quando ocorre um problema e você reduz, a situação é muito explosiva. É isso que a gente está vivendo no caso do trigo: esta safra particular que vai até meados do ano vai estar com oferta abaixo do demanda mundial – explica Amarilys.
No Brasil, os moinhos já pagaram mais pelo grão nos últimos meses. Em julho do ano passado, o preço médio do trigo nacional estava em R$ 460 por tonelada. Em janeiro, a média foi de R$ 520, uma diferença de 13%. O trigo importado também ficou mais caro. Segundo os empresários, repassar esse custo vai ser inevitável.
– O custo do trigo na farinha é de mais de 70% em média. Eu estimo que os moinhos repassaram entre 2% e 4% nesses últimos 60 dias. Há uma perspectiva de reajuste de farinha de trigo entre 5% e 10% nos próximos 60 dias – afirma Christian Mattar Saigh, vice-presidente do Sindustrigo.
Já as panificadoras descartam, pelo menos por enquanto, reajuste no preço do pão.
– Os reajustes de preços já foram realizados por parte da indústria de panificação, no preço do pão, principalmente. Então, nós não entendemos que existe ambienta para subir o trigo, porque não existe ambiente para subir o preço do pão – afirma Márcio Rodrigues, consultor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Panificação (Abip).
Fonte: Canal Rural

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Demanda do trigo puxa o preço

Os preços futuros do trigo se mantêm sustentados na Bolsa de Chicago. Havia uma preocupação de que a onda de protestos contra o governo no Egito comprometeria o abastecimento no país, maior importador mundial da commodity, mas os negócios não devem ser afetados. A perspectiva de demanda firme fez o contrato com vencimento em março encerrar o pregão de ontem a US$ 8,4075 por bushel, alta de 1,82%. Eventuais problemas no desembarque do trigo nos portos devem ser temporários, avaliam participantes do mercado, e a estatal de grãos egípcia continuará importando trigo no exterior. O cereal é usado para subsidiar a alimentação de 14,2 milhões de pessoas pobres no país.
O preço do milho caminhou na esteira do trigo e subiu 2,41% na bolsa americana. Os dois cereais costumam andar juntos porque ambos são usados na alimentação animal. A soja avançou 1,07%. A sustentação veio da incerteza quanto aos efeitos da irregularidade das chuvas nas regiões produtoras da Argentina, terceiro maior produtor da oleaginosa e o primeiro exportador de derivados. Além disso, a demanda global por soja segue firme.
A maioria das commodities agrícolas terminou o dia com ganhos. O dólar caiu frente a uma cesta de moedas e, quando isso ocorre, a demanda pelas matérias-primas cotadas na moeda americana tende a se fortalecer. Em Nova York, açúcar e café fecharam quase estáveis.
Fonte: Estadão.com.br

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nova classificação e a variedade de trigo BRS 327


 A nova classificação dividiu o trigo em cinco novas classes: melhorador, pão, doméstico, básico e outros usos. A nova classificação alterou a força de glúten, estabilidade, número de queda e PH do trigo, influenciando diretamente na classe. As exigências ficaram maiores, com o objetivo de aumentar a qualidade do trigo que chega aos moinhos e consequentemente à mesa do brasileiro.
A BRS 327, nova variedade de trigo produzida pela Embrapa Trigo em parceria com a Fundação Pró-Sementes, já apresentou variáveis que se enquadram perfeitamente na nova classificação. Segundo dados levantados na propriedade do produtor de sementes Narciso Barison Neto, a produtividade real da BRS 327 ficou próxima a 81 sacos por hectare, ou seja, 4.860 kg/ha. Além disso, a qualidade se mostrou bastante elevada, com força de glúten (W) em 274, estabilidade de 15,5, número de queda de 357, PH de 80,60 e cor de 94,5. As características apresentadas pela variedade a classificaram como trigo pão branqueador. O engenheiro agrônomo da propriedade, Tarso Barison salientou que “o material é realmente muito bom”.
A BRS 327 é uma variedade de ciclo precoce, adaptada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Apresenta ainda moderada resistência a ferrugem da folha, giberela, oídio, manchas foliares e mosaico do trigo. A variedade foi multiplicada na safra 2010 pelos produtores de sementes ligados a Fundação e estará disponível para o plantio na safra de inverno 2011.

Fonte: Rural Centro

domingo, 16 de janeiro de 2011

Preços mundiais para o trigo


Obs.:Clic na figura para ampliá-la
Os preços internacionais encontram-se aquecidos, acima de 40% no golfo do México e 30% nos portos argentinos, em relação ao mesmo período do ano anterior, os preços internos mantém-se estabilizados após uma alta de pouco mais de 11% no Paraná. A diferença de preços entre o Golfo e Argentina mostra que existe espaço para aumentos do trigo argentino, maior fornecedor do país.
Fonte: Conab

Senário do trigo brasileiro

Obs.: Clic na figura para ampliá-la

Os preços ao produtor no Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram ligeira queda na última semana. No entanto, os preços estão superiores aos praticados no mesmo período do ano anterior. A média de preços praticada no mercado atual é suficiente para cobrir o preço mínimo apenas do trigo tipo pão.

Inundações na Austrália fazem disparar preço do trigo

A Austrália é o quarto maior exportador de trigo do planeta, e a região de Queensland é a sua maior zona de produção desta matéria-prima, que está agora a ser devastada pelas águas. As chuvas levantaram receios de que os agricultores locais não consigam completar a colheita anual ou transportá-la para cumprir as necessidades de exportação, o que levou o preço o trigo a subir para os 8,25 dólares nos mercados, o valor mais elevado desde o passado mês de Agosto.
Segundo Wayne Gordon, analista de cereais do Rabobank, entre 30 a 40% da colheita australiana deverá ser perdida ou ter a sua qualidade afectada pela humidade. Para Gordon Paulson, director da federação britânica de padeiros, "não há dúvidas de que os altos preços do trigo vão ter que ser reflectidos no custo do pão.
Fonte: Economico.sapo.pt

Aumento do preço de alguns alimentos

Segundo a FAO "A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação ", os preços mundiais do arroz, do trigo, do açúcar, da cevada e da carne seguiram altos ou registraram significativos aumentos em 2011. Segundo o índice da FAO divulgado na semana passada, os preços dos cereais, dos grãos oleaginosos, lácteos, carnes e açúcar seguiram aumentando por seis meses consecutivos. “Estamos entrando em um terreno perigoso”, disse Abdolreza Abbassian, economista da FAO, para um jornal de Londres.
Os preços começaram a aumentar em 2010 após as quebras de safras na Rússia e Europa Oriental, em parte causadas pelos incêndios de verão. Agora, as severas inundações que atingiram a Austrália, quarto maior exportador mundial de trigo, provavelmente afetarão a produção desse cultivo, elevando ainda os preços. “Qualquer outro acontecimento, como outro desastre climático em algum país exportador ou um novo aumento do preço do petróleo, sem dúvida alguma fará os preços dispararem, tornando a situação pior que a de 2008 e ameaçando o sustento de milhões de pessoas em todo o mundo”.


Fonte: Planeta Osasco